Homem é condenado a 29 anos de prisão após estuprar, torturar e manter ex em cárcere privado
Acusado chegou a apagar cigarros no corpo da vítima e gravar as relações sexuais forçadas com ela em Registro (SP).
Homem foi preso pela PM em março de 2025, em Registro (SP) — Foto: Divulgação/14ºBPMi
O homem que estuprou, torturou e manteve a ex-companheira em cárcere privado em Registro (SP) foi condenado a 29 anos e 10 meses de prisão. Ele chegou a apagar cigarros no corpo da vítima e gravar as relações sexuais forçadas com ela.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o réu, de 25 anos, e a vítima, de 19, tiveram um relacionamento amoroso que acabou por conta do comportamento agressivo dele. Em novembro de 2024, a Justiça concedeu medida protetiva de urgência em favor da mulher.
No entanto, o homem procurou a ex em março deste ano, dizendo que queria conversar sobre a relação deles. A mulher permitiu que o acusado a acompanhasse até a casa dela. No local, o criminoso ameaçou a vítima com uma faca e a manteve em cárcere privado.
Além disso, o homem desferiu tapas e socos na mulher, além de apagar bitucas de cigarro no corpo dela. Ele também obrigou a vítima a manter relações sexuais sem consentimento e gravou as cenas com o celular dela.
A Polícia Militar (PM) descobriu o crime no dia seguinte, quando recebeu uma denúncia sobre o paradeiro do homem. A equipe efetuou a prisão do suspeito após um patrulhamento pela cidade no dia 28 de março. Ele tinha um mandado de prisão preventiva em aberto pelo crime de roubo – detalhes sobre o caso não foram informados.
A equipe se deslocou para a Rua Cambará, no bairro Arapongal, e o encontrou perto de uma residência inabitada. Ao notar a viatura, o homem fugiu em direção a uma área de mata, mas foi pego na Rua Kinsaku Osawa, acompanhado da vítima.
Os policiais notaram que a jovem estava emocionalmente abalada e chorando, com marcas de queimaduras de cigarro e hematomas no rosto. Questionada, ela afirmou que inicialmente tinha uma relação com o homem, mas que nos últimos dias vinha sendo ameaçada e mantida em cárcere.
A denúncia contra ele foi apresentada à Justiça pelo promotor Rafael Hayashi e, na segunda-feira (8), o homem foi condenado a 29 anos de prisão. Segundo o MP-SP, a sentença reconheceu os crimes de descumprimento de medida protetiva e gravação não autorizada de intimidade sexual.
Além de Hayashi, as promotoras Mariana Borges e Rafaela Flavia da Silva atuaram na audiência de instrução e nos memoriais do processo, respectivamente.