Justiça marca julgamento de preso por decapitar um funcionário no hospital IJF,
em Fortaleza; relembre o caso
Crime teria sido motivado por ciúmes que o suspeito tinha da sua companheira com
a vítima, de acordo com o ex-secretário de Segurança Pública do Ceará.
Ex-funcionário foi visto das dependências da unidade antes de matar funcionário
no Hospital DE, em Fortaleza. — Foto: Reprodução
Ex-funcionário foi visto das dependências da unidade antes de matar funcionário
no Hospital DE, em Fortaleza. — Foto: Reprodução
A Justiça marcou para o próximo dia 6 de outubro o julgamento de Francisco
Aurélio Rodrigues de Lima. Ele é réu por decapitar um funcionário do Hospital
Instituto Dr. José Frota (IJF)
em Fortaleza. No crime, o réu
ainda baleou outro funcionário, que sobreviveu. O caso aconteceu em abril do ano
passado (relembre abaixo o caso).
Aurélio vai ser julgado pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri da Comarca
de Fortaleza, no Fórum Clóvis Beviláqua. A TV Verdes Mares entrou em contato com
a defesa dele, e aguarda resposta.
Aurélio foi preso como principal suspeito de matar e decapitar o zelador
Francisco Mizael Souza da Silva foi morto no hospital,
no Centro de Fortaleza, no dia 23 de abril do ano passado. Outro funcionário,
Carlos Sérgio Matos de Queiroz, foi baleado durante a ação criminosa, mas
recebeu alta após quatro dias internado no mesmo hospital.
Francisco Aurélio trabalhou como copeiro no IJF, mas, à época do crime,
trabalhava como motorista de aplicativo, conforme o Tribunal de Justiça do
Ceará. Ele foi encontrado e preso no distrito de Patacas, em Aquiraz, no mesmo
dia do crime.
O réu já possuía antecedentes por desacato e um processo de medida protetiva
contra ele. A motivação seria porque o autor do crime tinha ciúmes da própria
mulher com o zelador. Aurélio teve a prisão preventiva decretada em abril do ano
passado, após audiência de custódia.
Funcionários se desesperam após homem ser morto e ter cabeça decepada no
Hospital DE, em Fortaleza
Conforme o auto de prisão em flagrante, o suspeito executou o crime com arma de
fogo e, em seguida, decapitou a vítima na cozinha do estabelecimento. Após o
crime, o TJCE informou que a companheira de Aurélio disse, durante depoimento,
que mantinha relacionamento com ele há cerca de um ano e meio e que ele sentia
ciúmes dela com a vítima e com outros funcionários do IJF. Ela falou ainda que
era colega de trabalho de Francisco Mizael, mas que não possuía amizade próxima
com o zelador.
Mizael foi sepultado em Pacatuba, na região metropolitana de Fortaleza. Ele
deixou uma filha de seis anos e a esposa grávida. Ele foi funcionário do IJF durante dez anos.
O suspeito do crime já havia trabalhado no IJF e entrou lá usando o
reconhecimento facial, mesmo tendo sido demitido mais de um ano antes do crime.
Ele levava uma mochila na qual carregava a arma de fogo usada para matar a
vítima.
A vítima foi atingida por quatro disparos, e depois foi decapitada. Imagens que
circularam em grupos mostram a vítima fardada, caída no refeitório, com a cabeça
ao lado. Também era possível ver uma faca próximo ao corpo.
O DE, onde o crime ocorreu, é uma das principais unidades de saúde de
Fortaleza, referência no atendimento às vítimas de traumas de alta complexidade,
lesões vasculares graves e queimaduras. O hospital é gerido pela Prefeitura
municipal.
Conforme testemunhas que estavam no hospital, foram ouvidos vários disparos e
houve correria dentro da unidade. Após o crime, o suspeito fugiu. Ele deixou a
mochila com a arma de fogo no hospital.