Ex-presidente Jair Bolsonaro é condenado por trama golpista; relembre investigações

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Condenado por trama golpista, Bolsonaro foi alvo de outras investigações; relembre

O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal por coação a autoridades e na apuração sobre joias sauditas, mas PGR ainda não apresentou denúncias. Bolsonaro também foi investigado em ação sobre Abin paralela, mas não houve indiciamento. Caso sobre fraude em cartões de vacina foi arquivado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma aparição de cerca de 20 minutos na manhã desta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, em frente à casa onde ele cumpre prisão domiciliar, em Brasília (DF). A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal fixou nesta noite a pena de Bolsonaro, condenado por tentar dar um golpe de Estado após perder as eleições 2022, em 27 anos e três meses em regime inicial fechado – 24 anos e nove meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, com 124 dias-multa (equivalente a dois salários mínimos). Os ministros seguiram o voto do relator Alexandre de Moraes. 11/09/2025 – Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de outras investigações que podem levá-lo novamente ao banco dos réus.

No mês passado, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente e o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação a autoridades responsáveis pela ação penal do golpe de Estado.

Os investigadores viram elementos de que Bolsonaro e o deputado buscaram atrapalhar o processo do golpe, no qual o ex-presidente e outros sete aliados foram condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11).

A PF teve acesso a trocas de mensagens em um celular apreendido com Jair Bolsonaro. Segundo o relatório, o material demonstra que o ex-presidente fez “intensa produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, em afronta à medida cautelar anteriormente imposta”.

Para os investigadores, o ex-presidente e o filho atuaram para atrapalhar as investigações, inclusive com atuação junto ao governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.

A Procuradoria-Geral da República não apresentou uma denúncia sobre esse caso. Se entender que não há elementos para isso, o órgão pode propor o arquivamento do caso.

Mauro Cid diz que foi a Miami recomprar joias recebidas por Jair Bolsonaro

O ex-presidente Bolsonaro foi indiciado, em julho do ano passado, em uma investigação que apura se ele e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias dadas de presente pelo regime da Arábia Saudita ao governo brasileiro, enquanto ele ainda estava na Presidência da República.

Bolsonaro foi indiciado por peculato, que é a apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro, informou a PF. Além dele, outras 11 pessoas também foram implicadas.

A Procuradoria-Geral da República ainda analisa se oferece uma denúncia formal contra os indiciados, ou se arquiva o caso.

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