Enfermeiro é preso suspeito de dopar pacientes e roubar pertences em hospitais do DF

Um enfermeiro de 44 anos foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, nesta sexta-feira (12), sob a acusação de dopar pacientes internados em hospitais públicos do DF para roubar itens pessoais das vítimas. As investigações tiveram início em julho, quando um paciente denunciou ter sido vítima do suspeito, desencadeando uma série de denúncias similares.

De acordo com o delegado da 15ª Delegacia de Polícia, Ataliba Lima, o enfermeiro aplicava sedativos em pacientes do Hospital Regional de Ceilândia e do Hospital Regional de Taguatinga. Após os pacientes perderem a consciência, o suspeito furtava semijoias, como alianças e correntes, além de outros pertences. Ele também foi afastado das funções pela Secretaria de Saúde em julho, colaborando com as investigações em curso, segundo a pasta.

Durante a prisão do enfermeiro em sua residência, localizada em Taguatinga, foram apreendidas semijoias semelhantes às descritas pelas vítimas e medicamentos de uso restrito, incluindo sedativos possivelmente utilizados nos crimes. O modo de atuação do suspeito envolvia a administração de medicação não prescrita, seguida do roubo enquanto as vítimas estavam sedadas.

Até o momento, nove vítimas foram identificadas, cada uma relatando a mesma sequência de eventos envolvendo o enfermeiro. A pena pelo crime de roubo em continuidade delitiva pode chegar a 10 anos de prisão por cada ato criminoso, com agravantes pela continuidade dos crimes cometidos. O suspeito aguardará audiência de custódia para as medidas processuais cabíveis.

A denúncia que desencadeou as investigações foi feita por um paciente chamado Wesley Vale, que alegou ter sido dopado e furtado no Hospital Regional de Ceilândia. Após passar por uma cirurgia referente a um acidente de moto, Wesley perdeu a consciência enquanto o enfermeiro alegava trocar o acesso de medicação. Ao acordar, percebeu que havia sido roubado, juntamente com outros pacientes.

O caso, revelado pela TV Globo, suscitou ações policiais que culminaram na prisão do suspeito e na coleta de evidências robustas para apoiar as denúncias das vítimas. A Polícia Civil ressaltou a importância das provas coletadas, como reconhecimentos fotográficos, depoimentos de colegas de trabalho e análise de prontuários médicos, que evidenciaram as ações criminosas do enfermeiro. Para mais informações sobre a região, confira o canal do DE no DF.