A Copasa afirmou que a morte de peixes no Rio Paraopeba não afeta o abastecimento de água em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. De acordo com a companhia, o trecho onde ocorreu a mortandade está localizado a mais de 40 quilômetros abaixo do ponto de captação do Sistema Paraopeba, responsável pelo fornecimento de água à região. A situação foi denunciada por pescadores e moradores ribeirinhos entre os municípios de Betim e Esmeraldas.
A empresa reforçou que não há risco para a população e destacou que está trabalhando em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e com a Polícia Militar de Meio Ambiente na investigação da causa das mortes. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, Heleno Maia, relatou que os primeiros peixes foram encontrados agonizando nas margens do rio pela manhã de sábado.
A suspeita é de que o lançamento de algum contaminante tenha ocorrido durante a madrugada de sexta para sábado. A situação se agravou, com um aumento na quantidade de peixes mortos, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como o pacamã. Equipes do comitê recolheram amostras de água, sedimentos e carcaças de peixes para análise laboratorial, e os resultados devem sair em até 15 dias, podendo indicar a origem da contaminação.
O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Polícia Militar Ambiental estão colaborando com as investigações. O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) informou que novas informações serão divulgadas conforme a evolução das apurações. A morte de peixes no Rio Paraopeba é uma preocupação para os moradores e autoridades locais, que buscam identificar a causa e tomar as devidas providências para evitar danos ambientais.