O subprocurador Lucas Rocha Furtado, representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, solicitou hoje que a Corte ordene a imediata suspensão da remuneração de Jair Bolsonaro e outros militares condenados por tentativa de golpe. Furtado argumentou que manter os pagamentos viola os princípios da moralidade administrativa e eficiência. Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal condenou Bolsonaro e outros sete réus por crimes como golpe de Estado e organização criminosa. Com uma renda mensal de 100 mil reais, Bolsonaro tem duas aposentadorias e um salário de presidente de honra do Partido Liberal. Apesar das penas, os militares continuam recebendo salários, pois a perda de patente só pode ser decidida pelo Superior Tribunal Militar. Furtado enfatizou que manter os pagamentos para esses indivíduos é um paradoxo ético e jurídico, financiando aqueles que atentaram contra os valores democráticos. O subprocurador salientou que gastar recursos públicos com agentes que tentaram derrubar o Estado Democrático compromete a confiança na Administração Pública, perpetuando a imoralidade. Ele concluiu que pagar salários a indivíduos que tramaram a destruição do Estado para instaurar uma ditadura é inaceitável.