Uma carta anônima e um informante foram fundamentais para a Polícia Militar (PM-PR) localizar a picape dos homens desaparecidos após uma cobrança de dívida, em Icaraíma, no noroeste do Paraná. Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves foram vistos pela última vez no dia 5 de agosto e a picape que usaram foi encontrada nesta última semana.
Os quatro homens saíram de São José do Rio Preto (SP) e se encontraram em Icaraíma com Alencar, que os contratou para a cobrança. Uma carta deixada na casa do pai de uma das vítimas foi o ponto de partida para a descoberta do paradeiro do veículo. Detalhes precisos da localização não foram divulgados pelas autoridades competentes.
O carro foi encontrado na tarde da última sexta-feira, oculto por uma lona no bunker, a nove quilômetros do local que pode estar relacionado ao crime. A picape continha vestígios de sangue e marcas de disparos de arma de fogo, levando a polícia a coletar evidências para análise. Além disso, um objeto com o nome de uma pessoa foi identificado dentro do veículo, apreendido para investigação.
Até o momento, os homens continuam desaparecidos e as buscas estão sendo realizadas pelo Corpo de Bombeiros, PM-PR e Polícia Civil. As investigações estão em andamento e o caso é tratado como homicídio pela PC-PR. O sigilo das informações tem sido mantido para não prejudicar os avanços nas investigações.
Os suspeitos, pai e filho, tornaram-se foragidos após deixarem a propriedade onde os homens estiveram antes do desaparecimento. A polícia emitiu mandados de prisão temporária contra eles, suspeitando que participaram de uma emboscada que resultou nas mortes. A investigação aponta para um desentendimento relacionado a uma dívida de R$ 255 mil, que teria motivado a cobrança e posterior desaparecimento dos homens.
Os advogados dos suspeitos afirmam sua inocência e alegam que fugiram por temerem ameaças de morte. A família dos desaparecidos ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro não só dos suspeitos, mas também das vítimas desaparecidas. A advogada da família defende que o caso seja investigado como homicídio, mantendo a esperança de encontrar as vítimas com vida, apesar do tempo decorrido desde o desaparecimento.
Há um esforço conjunto entre autoridades e familiares para esclarecer o caso e trazer justiça aos envolvidos, revelando a complexidade e gravidade do evento que chocou a pequena cidade de Icaraíma. Enquanto isso, as investigações prosseguem em busca de respostas e da localização dos desaparecidos, mantendo a esperança de um desfecho positivo para todas as partes envolvidas.