Definido por Caiado, novo presidente da Saneago era cotado a ministro de Bolsonaro

Uma vez que o oceanógrafo assumirá, agora, a Presidência da Saneago, seu nome está descartado para o Ministério

O governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), definiu recentemente os nomes para a Secretaria de Segurança Pública e a Presidência da Saneago. O delegado aposentado da Polícia Federal Rodney Miranda, do Espírito Santo, deve assumir a Secretaria, enquanto o oceanógrafo Ricardo Soavinski, do Paraná, deve ser o novo presidente da companhia goiana de saneamento. Soavinski chegou a ser um dos principais cotados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o Ministério do Meio Ambiente.

Ricardo Soavinski é oceanógrafo por formação e ex-presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O paranaense conta com um extenso currículo de cargos na área ambiental: foi presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), secretário nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, coordenador e diretor de Unidades de Proteção Integral do ICMBio, coordenador geral de Fauna do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), entre outros cargos que ocupou.

Como adiantado pelo jornal O Globo, Soavinski era um dos nomes com os quais Bolsonaro vinha conversando, no processo de escolha do novo ministro do Meio Ambiente. Uma vez que o oceanógrafo assumirá, agora, a Presidência da Saneago, seu nome está descartado para o Ministério. Já Rodney, que vai ficar à frente da Segurança Pública, foi prefeito de Vila Velha e secretário de Segurança do Espírito Santo, é consultor da área e perdeu eleição neste ano para deputado federal.

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Nicolás Maduro assume seu terceiro mandato na Venezuela em meio a críticas

Em meio às pressões externas e internas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deve assumir, nesta sexta-feira, 10, seu terceiro mandato à frente do Palácio de Miraflores, em Caracas, onde promete ficar até, pelo menos, o dia 10 de janeiro de 2031.

A posse de Maduro ocorre em meio à condenação das potências ocidentais, como União Europeia, Estados Unidos e Canadá, e diversos governos regionais, como Argentina e Chile, que acusam o governo de fraudar as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.

Mesmo governos mais próximos de Caracas, como Colômbia e Brasil, criticam que a eleição passada não foi transparente porque não foram divulgados todos os dados eleitorais. Mesmo assim, devem enviar representante diplomáticos à posse. O governo mexicano informou que não se envolve com questões internas do país sul-americano e também enviará um representante.

Segundo o governo venezuelano, cerca de 2 mil convidados internacionais, entre representantes de governos, movimentos sociais e culturais, devem participar da posse de Maduro, marcada para as 13h desta sexta-feira, 10, no horário de Brasília.

Na quinta-feira (9), manifestações opositoras foram registradas em várias cidades do país, incluindo Caracas, com a presença da principal liderança de oposição, a ex-deputada Maria Corina Machado, pedindo que Edmundo González assuma no lugar de maduro.

A notícia, depois desmentida, da prisão de María Corina Machado após os atos, serviu para dar ainda mais dramaticidade ao momento político venezuelano.

O candidato adversário Edmundo González, que alega ter vencido as últimas eleições, comemorou os protestos de ontem em uma rede social: “hoje, mais uma vez, o povo venezuelano sairá às ruas para exigir respeito à vontade expressa nas eleições de 28 de julho. Unidos, alcançaremos a Venezuela livre e pacífica que merecemos. Não estamos sozinhos!”

Um ato pró-governo também foi registrado em Caracas ontem. Nesta sexta, a expectativa é de que as forças chavistas acompanhem a posse de Maduro em diversas cidades do país para reforçar o apoio à chamada Revolução Bolivariana, processo político iniciado em 1999, com o primeiro governo de Hugo Chávez.

Reforma

Como primeira medida do novo mandato, o presidente Nicolás Maduro deve editar decreto para criar uma comissão com o objetivo de elaborar uma reforma constitucional para, em suas palavras, consolidar “a soberania popular” com a construção de um novo modelo de Estado, então chamado de “Estado comunal”, projeto inicialmente idealizado pelo ex-presidente Hugo Chávez.

“O objetivo da Reforma Constitucional é definir com claridade o modelo de desenvolvimento venezuelano para os próximos 30 anos, e democratizar até o infinito a vida política e social da Venezuela. Transformar esse Estado em verdadeiramente democrático de e para o povo, que consiga a harmonia e a unificação da Venezuela em torno de um projeto comum, de consenso”, explicou Maduro.

A reforma deve ser debatida na Assembleia Nacional do país, de maioria chavista, com um referendo popular convocado para confirmar as mudanças até o final do ano, segundo previsão de Maduro. Além do referendo previsto, a Venezuela terá eleições regionais, para estados e municípios, e para a Assembleia Nacional em 2025, mas a data exata ainda não foi divulgada.

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