Artista com síndrome de Down expõe suas obras em Araxá e atrai visitantes de diversos estados, encantando a todos com seu talento e sensibilidade. Renata Batista Cunha, araxaense de 40 anos, já produziu dez quadros inspirados em Van Gogh e na natureza, conquistando admiradores por onde passa. Com uma visão única do mundo, Renata transforma telas em poesia visual, revelando sua autenticidade através de cada traço desenhado por suas mãos habilidosas, que transmitem sua vivência em forma de arte.
Inspirada pelo legado de Vincent Van Gogh e pelo apoio da família, especialmente de sua mãe e tio, Renata descobriu na arte uma maneira de se expressar e mostrar seu talento de forma autêntica e inspiradora. Sua primeira pintura em tela, uma releitura da obra “Amendoeira em Flor” do pintor holandês, marcou o início de uma jornada artística que vem emocionando e encantando aqueles que têm o privilégio de apreciar suas obras no Museu Dona Beja, em Araxá.
Desde 2022, Renata tem pintado e exibido quadros cheios de delicadeza e personalidade, como “Amoreira”, “Maçã em Mesa” e outras composições que retratam a natureza e o cotidiano sob seu olhar único. Cada obra reflete a sensibilidade e o talento da artista, demonstrando que a síndrome de Down não é um obstáculo, mas sim um impulso criativo para Renata, que mostra com maestria que é possível viver com autonomia e expressar sua arte de forma genuína.
O apoio fundamental da professora Elaine Pedrosa tem sido essencial no desenvolvimento artístico de Renata, que desde o primeiro quadro conta com o estímulo e orientação da docente. A escolha desafiadora da obra de Van Gogh para sua primeira pintura demonstra a determinação e o foco da artista, que com sua responsabilidade e concentração conquistou o reconhecimento e o carinho do público, encantado com sua dedicação admirável.
O tio Fernando Pedrina, outra inspiração de Renata, elogia a sobrinha por sua dedicação e paixão pelas artes plásticas. Aos 40 anos, Renata vive o sonho de pintar suas telas e se mantém comprometida com cada atividade do dia a dia, sempre concentrada e responsável. O Museu Dona Beja, inaugurado em 1965, foi o local escolhido para expor parte das obras de Renata, que sonha em realizar exposições maiores e compartilhar sua arte com um público ainda mais amplo.
Com um olhar sensível e autêntico, Renata Batista Cunha emociona e inspira a todos que têm o privilégio de apreciar suas obras, mostrando que a arte é capaz de transcender limites e preconceitos. Sua trajetória artística é um exemplo de superação e talento, evidenciando que a síndrome de Down não define suas capacidades, mas sim impulsiona sua criatividade e sensibilidade, transformando tudo o que toca em verdadeira poesia visual. O Diário do Estado orgulha-se de compartilhar a história e o talento de Renata, uma artista excepcional que merece todo reconhecimento e admiração.