Vereadores aprovam Lei para que IPSM receba Grande Hotel como pagamento de dívida do INSS

Grande Hotel, em Goiânia, voltará a receber chorinho

Vereadores aprovaram nesta quinta-feira (28), Projeto de lei que autoriza o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia (IPSM) a receber em pagamento, imóvel de propriedade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para quitar de divida decorrente de compensação previdenciária. A Lei autoriza ainda que o município compre do IPSM, pelo mesmo valor da aquisição (R$ 7.000.000,00), o imóvel denominado “Grande Hotel”, situado na Avenida Goiás, no Centro da Capital, para finalidades socioculturais.

Na justificativa enviada ao Legislativo, o Prefeito Iris Rezende (MDB) explica que o imóvel, de propriedade do INSS será repassado ao IPSM em contrapartida aos créditos devidos ao Município de Goiânia em virtude da existência de “estoque” de compensação previdenciária decorrente da concessão de benefícios previdenciários.

O “estoque” refere-se a créditos correspondentes aos valores acumulados anteriormente a 6 de maio de 1999, relativos às aposentadorias concedidas pela Administração Pública Municipal entre 5 de outubro de 1988 e 5 de maio de 1999.  Segundo o Executivo, “o Ministério da Previdência Social editou portarias de modo a permitir que a dação em pagamento de bens imóveis fosse utilizada na quitação do passivo referente à compensação previdenciária “estoque”, ampliando a possibilidade de equacionamento da dívida.”

O Grande Hotel foi inaugurado em 1937. Foi o primeiro hotel de Goiânia e uma das mais importantes construções da cidade na época. Atualmente o edifício não funciona mais como um hotel e sim como um museu. Em novembro de 2003, o edifício foi tombado pelo IPHAN como patrimônio histórico de Goiânia.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp