A Justiça concedeu liberdade provisória a uma família suspeita de desviar produtos de uma empresa para revender pela internet. O pai, a mãe e o filho haviam sido presos em Ribeirão Preto (SP) na segunda-feira (15), como desdobramento de investigações iniciadas em Campinas (SP). O esquema, que envolve pais e filhos, vem chamando a atenção pelas intricadas operações que ocorriam nos bastidores, entenda como o esquema funcionava.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu liberar Hélio Alves Rico, Ivone De Paula Moreira Rico e Wilyesley Moreira Rico nessa terça-feira (16). Os investigados são suspeitos de desviar mercadorias de uma distribuidora para comercializá-las em plataformas de e-commerce. O trio, morador de Ribeirão Preto (SP), foi preso após as investigações conduzidas na cidade de Campinas (SP), onde está localizada a sede da empresa em questão.
Helio, funcionário da empresa, usava a própria residência, local onde vivia com Ivone e Wilyesley, como depósito para os produtos desviados. Além disso, a família mantinha um CNPJ para dar uma aparência lícita ao esquema ilegal. Ao conceder a soltura, a Justiça estabeleceu medidas cautelares para o trio, incluindo comparecimento periódico em juízo, proibição de ausência da comarca por determinado período, vedação de uso de plataformas online de venda, entre outras restrições.
Os crimes que a família deve responder incluem furto qualificado por abuso de confiança, receptação e formação de quadrilha. As investigações buscam esclarecer aspectos fundamentais do esquema, como as funções exercidas por cada integrante, o modus operandi do desvio de mercadorias, a descoberta do esquema, a versão dos suspeitos e possíveis cúmplices envolvidos.
O funcionário da empresa, responsável pelo desvio de produtos para Ribeirão Preto, atuava há anos sem deixar rastros. A residência da família na cidade servia como depósito das mercadorias desviadas, revelando a sofisticação do esquema criminoso. As câmeras de segurança da empresa flagraram a ação do funcionário, que agia sem suspeitas pelas falhas detectadas no sistema.
O filho da família, contador, chegou a abrir uma empresa para aparentar legalidade ao esquema. A esposa também tinha participação ativa no esquema, ajudando na embalagem e na venda dos produtos desviados. As investigações prosseguem para quantificar o volume desviado e desvendar todas as ramificações do crime cometido. A Polícia Civil busca elucidar os detalhes do desvio de mercadorias e possíveis envolvimentos de terceiros na operação ilegal.