MP-GO e UFG laçam segunda versão do aplicativo Olho na Bomba

As informações de preços são repassadas pelo próprio posto de combustível, que, em virtude da Lei é obrigado a comunicar imediatamente ao MP-GO todas as alterações de valores cobrados

A parceria institucional firmada entre o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a Universidade Federal de Goiás (UFG) resultou no lançamento da segunda versão do aplicativo Olho na Bomba. O novo formato inclui melhorias na visualização dos preços por tipos de combustíveis e por métodos de pagamento. A apresentação da atualização da ferramenta foi realizada nesta terça-feira (04), na sede do MP-GO.

O aplicativo Olho na Bomba foi desenvolvido pelo MP-GO, por intermédio do Centro de Apoio Operacional do Consumidor e Terceiro Setor (CAO Consumidor), em parceria com a UFG com o objetivo de informar o motorista sobre o preço dos combustíveis. O programa foi projetado pelo professor Marcelo Quinta do Instituto de Informática (INF) da UFG, em conjunto com estudantes da unidade.

A primeira versão da ferramenta foi apresentada em 25 de setembro de 2018. O aplicativo informa em tempo real quais são os postos de abastecimento do trajeto que o condutor vai percorrer e os preços dos combustíveis. Sustentado em uma plataforma GPS, o aplicativo permite que o consumidor conheça em tempo real os preços praticados pelos postos revendedores de combustíveis de todo o Estado de Goiás. Além de outras funções, também é possível identificar os postos e os preços praticados no trajeto que se pretende percorrer.

O promotor de Justiça e coordenador do CAO Consumidor, Rômulo Corrêa de Paula, destacou que “o Projeto Olho na Bomba concretiza os direitos à informação e à livre escolha, até então acessíveis aos consumidores apenas em teoria. É uma importante ferramenta de combate a condutas anticoncorrenciais a ser utilizada pelos órgãos de defesa do consumidor. Sua implementação no setor de combustíveis representa grande estímulo à concorrência e representa grande esforço na redução dos preços praticados pelos postos revendedores”.

As informações de preços são repassadas pelo próprio posto de combustível, que, em virtude da Lei Estadual 19.888/17, é obrigado a comunicar imediatamente ao MP-GO todas as alterações de valores cobrados, sob pena de multa. Caso o usuário constate alguma divergência de preço entre o valor exposto no aplicativo e o valor efetivamente cobrado pelo posto revendedor, é possível fazer uma denúncia pelo Olho Na Bomba que o MP-GO vai encaminhar uma equipe de fiscalização até o local.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp