A parlamentar que permitiu faltas a líderes partidários, Mara Gabrili (PSD- SP), está criticando o uso da brecha por Eduardo Bolsonaro, caracterizando como ‘oportunismo’. Em 2015, quando ainda era deputada, ela manteve uma exceção na regra de assiduidade para líderes, com o intuito de permitir mais trabalho no Legislativo. Segundo Mara, a medida foi pensada para facilitar a atuação dos líderes partidários, e não para ser usada de forma oportunista, como é o caso de Eduardo Bolsonaro.
Mara Gabrili foi a primeira mulher a ocupar um cargo na Mesa Diretora da Câmara, sendo responsável pela assiduidade dos deputados. O fato de Eduardo Bolsonaro estar morando nos EUA e ter sido escolhido pelos partidos de oposição como novo líder da minoria tem gerado polêmica. Em 2015, a pedido do então presidente da casa, Eduardo Cunha, ela revogou o inciso 5º do Ato nº 66 de 2010, que permitia que qualquer deputado que justificasse sua ausência não seria punido, mantendo apenas as exceções para líderes partidários e integrantes da mesa.
Atualmente, o PL busca usar essa brecha para beneficiar Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA articulando sanções contra o Brasil. Mara Gabrili considera essa manobra como oportunista, questionando a postura do líder partidário que não está presente na Casa. Para ela, o objetivo da medida era permitir que os líderes pudessem trabalhar mais no Legislativo, e não o contrário, como está acontecendo agora com a situação de Eduardo Bolsonaro.
Senadora eleita pelo PSDB, Mara Gabrilli recebeu aplausos de colegas de partido em uma coletiva de imprensa após o resultado da eleição em 2018. Sua atuação política e compromisso com o Legislativo são reconhecidos por seus colegas, que valorizam a sua postura ética e defesa dos interesses da sociedade. Em meio a polêmicas como as faltas de líderes partidários e a atuação de políticos no exterior, Mara Gabrili se destaca como uma voz crítica e comprometida com a transparência e a ética na política brasileira.