A cidade de São Paulo DE recebe até este domingo (21) a Virada Sustentável 2025, maior festival de sustentabilidade da América Latina. A 15ª edição do evento promove experiências criativas e reflexões sobre temas como mudanças climáticas, consumo consciente, biodiversidade, mobilidade urbana e justiça climática.
Neste ano, a Virada acontece em meio aos preparativos para a COP30, que será realizada em Belém (PA), e reforça a proposta de descentralização e acesso gratuito à cultura e à informação. A programação está distribuída em diversos espaços da cidade, com destaque para o Centro Cultural São Paulo (CCSP), que receberá shows, exposições, instalações artísticas e debates.
Entre os destaques estão a cantora Mariana Aydar, com repertório influenciado pelo forró e pela música brasileira contemporânea, e o compositor Thiago Ramil, indicado ao Grammy Latino, que apresenta o álbum “Gosto ao lado de Dona Conceição”.
O CCSP também sediará o Fórum Virada Sustentável, com palestras e debates sobre cidades, sociedade e economia. Estão confirmados nomes como Maria Beatriz Nogueira (ONU/Acnur), Rodrigo Perpétuo (ICLEI América do Sul), Kamila Camilo (Instituto Oya), Rafael Ferraz (British Council Brasil) e Luciana Lanna (OAB-SP).
A programação também celebra os 50 anos do hip hop, com apresentações de RAPadura Xique-Chico, Lirys e DJ Daniel Tamenpi, além de instalações de arte urbana assinadas por Lixomania, Oxil e SpParis, que abordam temas como consumo e resíduos. A pauta indígena também estará presente no vão livre do MASP, com performances de artistas da etnia Fulni-ô, e na Aldeia Pindomirim, na Terra Indígena Jaraguá, que recebe a exposição Ruínas da Floresta, do fotógrafo Rafael Vilela, premiado no POY-Latam 2025.
A programação também conta com uma exposição do fotógrafo Araquém Alcântara, precursor da fotografia de natureza no Brasil. Na Casa das Rosas, na Avenida Paulista, haverá feira de brechós, exposições e roda de conversa com ativistas indígenas. Na Zona Oeste, uma escultura inflável de quatro metros em forma de capivara, criada por Eduardo Baum, será instalada na ciclovia do Rio Pinheiros, simbolizando o papel desses animais no equilíbrio ambiental.
Outro destaque é o mural do Mundano, na Rua Jaceguai, feito com tintas de cinzas da floresta queimada na aldeia Anambé, argilas de Belém e lama das obras da COP30. A obra homenageia catadores e catadoras de materiais recicláveis. A Virada Sustentável também ocupará CEUs, unidades do Sesc, parques e outros espaços públicos em diferentes regiões da cidade.
A programação completa pode ser consultada no site oficial da Virada Sustentável.