Dias antes de o governo Donald Trump anunciar o aumento das tarifas, em julho, o encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, solicitou uma reunião com o governo de Goiás para discutir terras raras pesadas. Ele manifestou interesse em investimentos nesse setor estratégico que possui grande potencial para o comércio internacional e a produção de tecnologias avançadas.
Na reunião, os representantes dos EUA e de Goiás abordaram a importância das terras raras para diversos setores da economia, como a indústria de alta tecnologia, defesa e energia. Escobar ressaltou o interesse de empresas americanas em parcerias para o desenvolvimento e exploração sustentável desses minerais, visando garantir o suprimento mundial e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros.
Ficou evidente o potencial de Goiás como polo estratégico para a produção de terras raras, devido às reservas minerais no estado e à expertise no setor mineral. Os representantes do governo estadual se mostraram receptivos às propostas de cooperação e destacaram a importância de atrair investimentos estrangeiros para impulsionar a economia local e promover o desenvolvimento tecnológico.
A discussão sobre as terras raras ganhou relevância em meio às negociações comerciais e geopolíticas entre os EUA e o Brasil, refletindo o interesse mútuo em fortalecer a colaboração bilateral nesse setor estratégico. A aproximação entre os governos federal, estadual e a representação diplomática americana sinaliza possíveis acordos e parcerias para impulsionar a cadeia produtiva das terras raras no país.
Embora a imposição das tarifas tenha sido anunciada posteriormente, a reunião prévia entre os representantes dos EUA e de Goiás evidenciou a intenção de fomentar a cooperação e promover o desenvolvimento sustentável da indústria de terras raras no Brasil.