Invasão armada no Hospital Pedro II: paciente alvo de milícia no Rio de Janeiro

invasao-armada-no-hospital-pedro-ii3A-paciente-alvo-de-milicia-no-rio-de-janeiro

A invasão armada no Hospital Pedro II, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que ocorreu na madrugada desta quinta-feira, teve como alvo Lucas Fernandes de Sousa, um paciente de 31 anos. Lucas, morador de Paciência, já teve envolvimento com uma organização criminosa e extorsão a comerciantes e moradores da região. Segundo investigações, ele era responsável por recolher valores em um esquema paramilitar que cobrava “taxas de segurança” e explorava atividades ilegais no local.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) ofereceu uma denúncia contra Lucas e outro acusado por extorsão a comerciantes e moradores em Paciência e bairros vizinhos. O esquema exigia pagamentos sob a justificativa de “taxa de segurança” e também praticava extorsões e exploração de serviços irregulares na região. Em 2019, ele foi preso juntamente com outro suspeito em estabelecimentos comerciais, onde recolhiam pequenas quantias em dinheiro.

A milícia à qual Lucas pertencia era descrita como um grupo estável e estruturado, com divisão de tarefas, que usava violência armada, ameaças e intimidação para expandir seu controle territorial. Além das extorsões, os membros exploravam diversas atividades criminosas, buscando obter vantagens econômicas ilícitas. Em 2022, Lucas esteve preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Além de seu histórico militar, Lucas Fernandes de Sousa possui uma empresa ativa em seu nome, a LF Fernandes Comercial Ltda, registrada em 2024, com diversas atividades relacionadas a serviços para edifícios. A invasão armada no Hospital Pedro II ocorreu de madrugada, com oito homens encapuzados e armados, ligados à milícia, buscando o paciente Lucas. A ação interrompeu o funcionamento da unidade e causou pânico entre médicos, pacientes e funcionários.

A polícia está investigando o caso e trabalhando para identificar os homens armados que invadiram o hospital em busca do paciente. O secretário municipal de Saúde classificou o episódio como uma demonstração da falência da política de segurança no estado do Rio de Janeiro. A ação criminosa destaca a gravidade da situação da segurança pública na região e a necessidade de medidas para combater a atuação de grupos paramilitares e milícias que atuam de forma violenta e ilegal.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp