Tribunal abre processo, e Asencio será julgado por acusação de compartilhamento de vídeos sexuais
Decisão de juiz coloca zagueiro do Real Madrid como um dos quatro réus acusados de distribuir imagens sem consentimento de uma menor de idade
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O processo no qual o zagueiro Asencio, do Real Madrid, é acusado de compartilhar vídeos sexuais sem consentimento teve mais um capítulo quinta-feira. O Tribunal número 3 de San Bartolomé de Tirajana aceitou abrir um novo processo contra o atleta e mais três ex-jogadores da base do clube espanhol.
A decisão vem à tona mais de quatro meses depois de Asencio ter a acusação retirada. Ele tinha sido retirado do processo pelo juiz responsável, que chegou a dizer que “não há indícios de que Asencio tenha participado da captura das imagens e, portanto, nenhuma participação no possível crime”.
Além de Asencio, Ferrán Ruiz, Juan Rodríguez e Andrés García são acusados de distribuir vídeos de conteúdo sexual de duas jovens, sem consentimento – uma delas menor de idade. O Tribunal exige, segundo a agência Efe, que Asencio pague fiança de 15 mil euros, enquanto os outros acusados devem pagar 20 mil euros cada. Os outros três réus são acusados de participar das gravações dos vídeos – Asencio teria apenas compartilhado de forma indevida.
A denúncia inicial dizia que o zagueiro não fez a gravação, mas pediu aos amigos que compartilhassem com ele sabendo que se tratava de uma menor de idade. O processo detalha que o jogador recebeu o vídeo em 21 de junho de 2023, através do WhatsApp, e mostrou a uma terceira pessoa, que aparece no caso como testemunha.
No entanto, a acusação pelos crimes de revelar segredos ao mostrar o vídeo a uma terceira pessoa e por pornografia infantil, sabendo se tratar de uma menor de idade, é mantida.
Além de Raúl Asencio, hoje titular do time principal aos 22 anos, também foram acusados Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez. A investigação começou após uma denúncia apresentada no município de Santa María de Guía, nas Ilhas Canárias. A mãe da menor foi a autora da denúncia, que levou à detenção dos atletas no CT Valdebebas, na época.
Um dos jogadores teria tido relações sexuais com a vítima, que teria 16 anos na época. O crime teria ocorrido na cidade Mogán, também nas Ilhas Canárias, quando o atleta teria gravado o vídeo e, posteriormente, compartilhado em um aplicativo de mensagens. A polícia indicou que o vídeo circulou por diferentes grupos de atletas do Real Madrid.
Com a decisão do Tribunal nesta quarta, a investigação foi encerrada, com o processo criminal aberto contra os quatro acusados. Agora, o Ministério Público e a Promotoria podem apresentar as acusações e solicitar o julgamento dos envolvidos. Eles podem ser condenados por violação de privacidade, distribuição de vídeos sem consentimento e recrutamento ou utilização de menores para fim pornográficos, além de posse de pornografia infantil.