Jovem de 16 anos de São Carlos conquista bolsa para estudar ballet nos EUA
Miguel Bonora dos Santos representará o Brasil na Cary Ballet Conservatory,
Carolina do Norte (EUA). Para chegar lá o jovem superou limites e preconceitos.
Jovem de São Carlos ganha bolsa para estudar ballet nos EUA
O jovem bailarino Miguel Bonora dos Santos, de 16 anos, de São Carlos (SP),
conquistou uma bolsa de estudos na Cary Ballet Conservatory, na cidade de Cary,
Carolina do Norte (EUA). Destaque em competições nacionais e internacionais, ele
ultrapassou as fronteiras do preconceito.
A oportunidade de estudar ballet nos EUA surgiu durante o Festival Internacional
de Dança de Goiás, realizado em julho, onde Miguel alcançou o 2º lugar nas
categorias solo neoclássico e variação.
Ele foi selecionado e recebeu não apenas a bolsa integral, mas outros seis
convites de instituições renomadas, incluindo um para representar o Brasil em
Nova York (EUA).
Com uma trajetória marcada por vitórias, Miguel conquistou o 1º lugar no solo
Neoclássico do Festival Dança Brasil, em Ribeirão Preto (SP), e o 4º lugar no
Festival de Joinville, considerado o maior da América Latina, ambos em 2023.
Miguel iniciou a prática da dança aos 8 anos, quando era aluno da Escola
Municipal Carmine Botta, em São Carlos. A conquista da bolsa internacional
representa a realização de um sonho.
“Me sinto honrado, porque poucos brasileiros conseguem essa bolsa. Desde criança
eu já dizia que queria ser bailarino. Agora vou realizar o sonho de treinar nas
melhores escolas e dançar nos Estados Unidos”, diz Miguel.
A mãe do jovem, Fátima Bonora, comentou os desafios que o filho enfrentou até
essa conquista. “Foram muitos obstáculos. Fizemos várias atividades para
arrecadar recursos. E agora, ver o Miguel alcançar esse objetivo, nos enche de
orgulho”, afirma Fátima.
Miguel também conta que um dos principais desafios que enfrentou foi a superação
do preconceito, dentro e fora do ambiente da dança.
> “Na questão do preconceito, foi muito mais difícil. Por ser preto e por ser
> menino fazendo ballet. Tanto na escola quando no ballet a gente sofre esse
> tipo de preconceito”, revela o dançarino.
Agora, o objetivo do jovem bailarino são-carlense é ainda maior e quem sabe,
integrar a mais antiga companhia de ballet nacional do mundo, a Ópera de Paris.
“Uma grande companhia, é o sonho de grande parte dos bailarinos”, concluiu.
Miguel viaja ainda em outubro para os EUA, onde dará início aos seus estudos de
dança na Carolina do Norte.