Responsáveis por clínica do Paranoá são presos após incêndio fatal

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Polícia do DF prende responsáveis por clínica do Paranoá que pegou fogo e deixou cinco mortos

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta quinta-feira (18) quatro pessoas que trabalhavam na clínica da rede Liberte-se que pegou fogo no fim de agosto, no Paranoá. O espaço abrigava dezenas de dependentes químicos, que estavam internados no local em busca de tratamento. O incêndio na chácara 420 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira deixou 5 mortos e 11 feridos.

Nesta quinta, policiais fizeram buscas nas duas clínicas do Paranoá – que ficam em lotes praticamente vizinhos – e em endereços dos investigados. Foram presos: um casal de donos das clínicas; dois ex-internos que, segundo as investigações, atuavam como coordenador e monitor dos espaços. Foram apreendidos remédios, anabolizantes, armas falsas, computadores portáteis e celulares.

Os cinco presos devem ser indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de homicídio doloso qualificado, cárcere privado e prescrição de medicamento sem receituário médico. A operação desta quinta foi coordenada pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que investiga a atuação das duas unidades que funcionavam na região: uma, na chácara 420 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira– que sequer havia sido comunicada às autoridades, e onde o incêndio deixou cinco mortos; outra, na chácara 470 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira, no Paranoá – a poucos metros da que pegou fogo, e que foi interditada no dia seguinte por falta de laudos.

Na terça, a Polícia Civil já tinha detido outras três pessoas que comandavam a unidade da Liberte-se no Lago Oeste, em Sobradinho: André Luiz Medeiros da Silva, Normando Torres de Almeida Júnior, Vanessa Aparecida de Castro Medeiros. Essa ação foi comandada pela 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), que investiga o funcionamento dessa unidade. Os três presos na terça, no entanto, foram soltos após audiência de custódia e deverão permanecer à disposição da Justiça até a conclusão das investigações. No caso da clínica do Lago Oeste, há indícios de cárcere privado, agressões físicas, restrição de contato dos internos com familiares, administração irregular de medicamentos.

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