“Patrimônio tombado: Sítio Histórico de Cruz das Almas em Garanhuns, Pernambuco”

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Localizado na comunidade quilombola de Garanhuns, o Sítio Histórico de Cruz das Almas é um verdadeiro tesouro arquitetônico e cultural. Recentemente, o Governo de Pernambuco oficializou o tombamento do local, que passa a fazer parte da lista de 113 bens protegidos no estado. Composto por uma antiga casa de oração do século XVIII, um cruzeiro e um cemitério quilombola, o sítio preserva suas características históricas e rituais, resistindo às mudanças ao seu redor.

A decisão de tombar o Sítio Histórico de Cruz das Almas foi aprovada pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC), fortalecendo a preservação da memória e identidade quilombola em Pernambuco. As etapas do processo de tombamento envolveram pesquisas documentais, consulta pública e oficinas de conservação, demonstrando o cuidado e a importância atribuída ao patrimônio cultural da região.

O monumento religioso, datado do século XVIII, é um marco na história local, abrigando práticas religiosas de origem africana. A solicitação para o tombamento teve início em 2019, graças aos esforços do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns e da Academia de Letras de Garanhuns. Com a publicação do edital em 2020, o processo ganhou ainda mais relevância e visibilidade perante a comunidade.

Para a presidente da Fundarpe, Renata Borba, o tombamento vai além da preservação arquitetônica, representando a conexão entre a história local e a trajetória dos quilombos em Pernambuco. A importância do Sítio Histórico de Cruz das Almas como símbolo de resistência e ancestralidade foi destacada pela comunidade, que celebrou a decisão como uma vitória coletiva.

As imagens religiosas presentes na capela de Cruz das Almas contam parte da história do local, reafirmando sua relevância cultural e religiosa. Além disso, o tombamento garante a proteção legal do espaço contra qualquer forma de alteração ou destruição, reconhecendo o papel fundamental das comunidades quilombolas na construção da identidade cultural de Pernambuco. A preservação deste patrimônio se torna essencial para manter viva a memória e a história da região.

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