Polícia encontra corpos de amigos desaparecidos após cobrarem dívida, no Paraná

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A Polícia Civil do Paraná encontrou nesta sexta-feira, 19, o corpo de quatros homens que estavam desaparecidos após cobrarem uma dívida no início de agosto. Os suspeitos dos assassinatos continuam foragidos, e as investigações continuam.

Os corpos foram encontrados enterrados um sob o outro em uma área rural de Icaraíma, no interior paranaense, em uma região de mata fechada, a 500 metros do local em que os investigados encontraram o carros deles, uma Fiat Toro, no final de semana passado.

“Os corpos um sobre os outros, iniciando-se um processo de decomposição, mas sendo possível uma identificação visual preliminar. Estávam com perfurações de arma de fogo, foram localizados também os pertences dessas pessoas nessa mesma vala e agora segue um trabalho da Polícia Científica para identificar oficialmente essas quatro pessoas, explicou o secretário de Segurança Pública.

As vítimas foram identificadas como Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi (os cobradores de dívida) e de Alencar Gonçalves de Souza (o contratante deles). Os corpos estavam enterrados abaixo de plantas e foram encontrados em estado avançado de decomposição, com marcas de violência. Eles foram encaminhados para a perícia.

Cobrança de 225 mil

Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi trabalhavam irregularmente há 13 anos fazendo cobranças de dívidas de modo agressivo e persuasivo. Eles teriam sido contratados por Alencer Gonçalves de Souza para que cobrassem o valor de um terreno rural da cidade que havia vendido para à família Buscariollo.

Os amigos saíram de São José do Rio Preto, em São Paulo, até Icaraíma. Eles entraram em contato com os devedores no dia 4 de julho e, ao não obter sucesso, informaram que voltaria no dia seguinte para realizar a cobrança novamente.

“Os familiares deles contribuíram [com as investigações], mas não conseguem passar informações precisas sobre o negócio porque nenhum dos cobradores esclarecia exatamente a suas esposas qual era o exato objeto da cobrança. Eles falaram para elas de forma genérica que estavam vindo para o Paraná para cobrar uma dívida que tinha relação com um imóvel, mas não passaram para elas as minúcias do negócios que poderiam ajudar nas investigações”, explicou o delegado Gabriel Menezes.

O desaparecimento de Alencar foi notificado por familiares no dia 4 de julho, por volta do meio-dia. As ultimas pessoas que teriam entrando em contato com ele havia sido Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho respectivamente, quando ele teria cobrado pessoalmente o valor que eles deviam.

Ambos foram ouvidos pela polícia assim que os desaparecimentos foram notificados e disseram não ter relação nenhuma com a compra do terreno, que teria sido comprado por outras duas pessoas da família.

Pai e filho foram liberados, mas, em seguida, as autoridades abriram mandados de prisão preventiva contra eles. No entanto, ao irem até o local, a polícia não os encontrou.

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