A antiga deputada Flordelis, agora conhecida somente como Flordelis, está enfrentando um momento delicado em sua jornada na prisão. Aos 65 anos, ela foi levada para o Hospital Penitenciário Doutor Hamilton Agostinho, localizado no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, após se queixar de dores e mal-estar na tarde de quinta-feira (18).
Enquanto a equipe jurídica da pastora alega que ela está sofrendo de um possível princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) afirma que as queixas se resumiam a mal-estar e dores na região lombar. De acordo com a Seap, as dores surgiram repentinamente e se intensificaram, levando os agentes penitenciários a tomar a decisão de encaminhá-la para atendimento médico.
No entanto, a defesa de Flordelis argumenta que os sintomas vão além das dores nas costas, indicando possíveis sinais de AVC, já que a ex-deputada demonstrava confusão na fala e desorientação desde a semana anterior. Segundo a advogada Janira Rocha, Flordelis desmaiou, teve episódios de vômito, dificuldade na fala e até mesmo paralisia da língua, sinais preocupantes de um possível comprometimento neurológico.
Após receber os cuidados necessários no hospital penitenciário, Flordelis foi liberada e retornou à sua cela, sem nenhum acompanhamento médico contínuo. A defesa anunciou a intenção de enviar um pedido formal à Vara de Execuções Penais (VEP) nesta sexta-feira (19), buscando a transferência da ex-deputada para um hospital de médio ou grande porte, fora do ambiente prisional.
A defesa argumenta que a estrutura da unidade prisional não é adequada para atender às necessidades de saúde de Flordelis e que ela deve ser tratada em um local que ofereça melhores condições. Como a ex-deputada não possui plano de saúde, eles buscam que ela receba atendimento em uma unidade pública compatível com suas necessidades.
Flordelis atualmente cumpre uma pena de 50 anos de prisão como mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em 2019. Segundo sua defesa, ela faz uso diário de medicamentos controlados para tratar condições como ansiedade, depressão, convulsões e alterações de humor.
A Seap informou que Flordelis recebeu atendimento, medicamentos e está em condição estável, mas a defesa discorda dessa versão oficial e reforça a urgência da transferência para uma unidade hospitalar mais adequada. A situação de Flordelis continua a ser acompanhada de perto, enquanto questões legais e de saúde se desenrolam em paralelo.