“Melanina concede um grau de proteção sobre o câncer de pele”, afirma a dermatologista

Com a aproximação do verão que começa no próximo dia 21 e o período de férias escolares o sol pode ser um aliado à diversão das pessoas, mas em muitos casos ele também pode representar um fator de risco. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou pelo quinto ano consecutivo a campanha “Dezembro Laranja”. O intuito do projeto é trabalhar na prevenção e diagnóstico do câncer de pele.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o melanoma – o câncer de pele mais grave – responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil e, a cada ano, são cerca de 180 mil novos casos. A pele é o maior órgão do corpo humano, por isso é preciso ficar atento. Qualquer lesão, com cor e formato aparentes, que possa desenvolver coceira ou dor pode ser motivo para procurar um dermatologista.

Em entrevista ao Diário do Estado, a médica dermatologista Isadora Paiva falou sobre a importância do uso frequente do protetor solar, mesmo em lugares com sombra. “A gente pode se expôr ao sol mesmo indiretamente, então devemos nos proteger tanto da exposição direta quanto da exposição indireta. Mesmo se estiver sob a barraca, deve-se usar o protetor solar.”

Segundo Isadora, as lâmpadas as quais temos contato diariamente não oferecem risco no sentido de promover o câncer de pele, mas elas favorecem outros tipos de danos à pele. Já as câmaras de bronzeamento artificial, assim como a luz solar natural incidem  raios UVA e UVB, que são os principais vilões para o desenvolvimento do câncer de pele.

A dermatologista afirma ainda que o fototipo (cor) da pele, influência no surgimento de câncer. Peles mais claras apresentam uma quantidade menor de melanina o que pode representar um fator de predisposição à doença. Bem como fatores genéticos e o não uso regular do protetor solar e dos equipamentos ou acessórios que evitam a exposição direta à radiação solar.

Ao final, Isadora Paiva trouxe uma série de dicas de proteção para que os seguidores do jornal possam se prevenir de alguns fatores que promovem o câncer de pele. “Primeira coisa é escolher o horário de exposição solar, preferencialmente antes das 10 horas e após às 16 horas. Reaplicar o protetor solar várias vezes durante o dia e lembrando que esse protetor deve ter FPS de no mínimo 30. O uso de roupas com FPS sempre que possível, bem como o uso de chapéus, óculos escuros e acessórios que protejam da radiação solar de forma direta e/ou indireta.”

Confira a entrevista completa clicando aqui.

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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