Na última semana, um dos casos que mais chocou a população brasileira foi o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar e suspeito de envolvimento no crime, se entregou à polícia de São Vicente acompanhado de um advogado, tornando-se o terceiro preso relacionado ao assassinato. O ex-delegado foi morto a tiros após cumprir seu expediente como secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande.
Além de Jaguar, Dahesly Oliveira Pires e Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, também foram presos suspeitos de participação no crime. No entanto, três investigados continuam foragidos: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda. A Justiça de São Paulo havia decretado a prisão temporária de Jaguar, o sexto suspeito de participar do assassinato de Ruy Ferraz, que se entregou no Distrito Policial Sede da cidade no sábado.
A polícia continua em busca dos foragidos e investigando detalhes sobre o crime. Felipe Avelino da Silva, Luiz Antonio Rodrigues de Miranda e Flávio Henrique Ferreira de Souza tiveram seus DNAs encontrados em carros usados no assassinato. Enquanto isso, Dahesly Oliveira Pires foi presa sob suspeita de buscar um fuzil usado no crime, junto com Luiz Henrique Santos Batista, preso por suspeita de participar na logística da execução de Ruy Ferraz Fontes.
Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral de São Paulo e atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil, se destacando no combate ao crime organizado e nas investigações sobre o PCC. Sua atuação foi fundamental durante os ataques do PCC em 2006, além de liderar a transferência de líderes da facção para presídios federais. O ex-delegado também foi professor de Criminologia e Direito Processual Penal, assumindo em 2023 a Secretaria de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava até seu assassinato.
A execução de Ruy Ferraz Fontes foi um evento marcante e trágico, evidenciando a complexidade e a violência envolvida no mundo do crime organizado. O caso continua sendo investigado pelas autoridades, e a população aguarda por respostas e por justiça em relação ao assassinato do ex-delegado. A prisão de diversos suspeitos demonstra um avanço nas investigações, porém a busca pelos demais envolvidos ainda é uma prioridade das autoridades responsáveis pela resolução desse crime.
