Chamar de golpista a turma que tentou transformar a democracia brasileira em geleia é correto do ponto de vista formal, mas não passa à população a real dimensão da encrenca. Todo mundo entende o que é um ladrão de carros, mas tentar matar a democracia é um ato traiçoeiro de gravidade incomparável. A recente aprovação da PEC da Bandidagem pela Câmara dos Deputados é um reflexo desse retrocesso, ampliando a proteção a políticos e abrindo caminho para beneficiar condenados.

A PL da Anistia, que, na prática, perdoa bandidos, se mostra como um irmão gêmeo da PEC da Blindagem. Ambas caminham na contramão da ética e da justiça, colocando em xeque os valores democráticos que tanto custaram a ser conquistados. Essas medidas não apenas enfraquecem a integridade do sistema político, mas também abrem precedentes perigosos para a impunidade de figuras como Bolsonaro e outros golpistas condenados.

É imprescindível que a população compreenda a gravidade dessas leis e se manifeste contra elas. A defesa da democracia e da transparência deve ser o norte de qualquer decisão política, e não a proteção de corruptos e criminosos que buscam se beneficiar do poder. A sociedade brasileira precisa se unir em repúdio a essas medidas que ameaçam os pilares da democracia e buscam favorecer interesses escusos em detrimento do bem comum.

A luta contra a corrupção e a impunidade deve ser prioridade de um país que almeja um futuro justo e próspero. Portanto, é fundamental que a sociedade se mantenha vigilante e atuante diante de iniciativas parlamentares que visam enfraquecer as instituições democráticas e proteger aqueles que atentam contra os valores republicanos. O momento é de resistência e de fortalecimento da voz popular em defesa da democracia e da justiça.