No Dia da Árvore, é interessante destacar que Recife é reconhecido como a ‘Cidade dos Baobás’, abrigando 14 exemplares tombados, que simbolizam uma forte ligação cultural com o continente africano. Essas majestosas árvores ancestrais são consideradas verdadeiros tesouros da capital pernambucana.

Entre os baobás mais antigos, raros e imponentes da cidade, está um gigante de 23 metros de altura nas Graças, Zona Norte do Recife. Com sua presença marcante, esse baobá centenário deu nome ao jardim instalado no coração da cidade, próximo às margens do Rio Capibaribe.

Além disso, o Recife se destaca como a ‘cidade dos baobás’, com 14 desses exemplares tombados e outros dois em processo de tombamento. A preservação dessas árvores é assegurada por lei devido à sua localização, raridade, beleza e importância como portadoras de sementes.

O baobá, também conhecido como árvore-da-vida e árvore-dos-mil-anos, possui grande relevância não apenas pela sua imponência, mas também por seu significado cultural. Acredita-se que as primeiras sementes tenham chegado ao Brasil por meio da diáspora negra, durante o período da escravidão.

Além de sua importância histórica e cultural, o baobá também tem relevância nutricional. Seu fruto, chamado de Múcua, é considerado um superalimento, rico em cálcio e vitamina C. Essas árvores ancestrais são verdadeiras guardiãs de uma história viva e representam uma conexão forte entre continentes.

Os baobás carregam consigo toda a ancestralidade e simbolizam a interligação entre a África e o Brasil. Em Pernambuco, essas árvores se proliferaram e se tornaram parte da história do povo negro, preservando e mantendo viva a memória de um passado muitas vezes esquecido.

O Recife se destaca como um celeiro de baobás, e a relação afetiva dos pernambucanos com essas árvores se intensificou ao longo dos anos. Assim como o frevo e o maracatu, o baobá se tornou um símbolo único e singular para o estado, representando toda uma riqueza cultural e histórica.

Em diferentes bairros do Recife, como Casa Forte, Fundão, Graças, Mustardinha, entre outros, os baobás se destacam como marcos históricos e culturais. Essas árvores monumentais resistiram ao tempo e às adversidades, permanecendo como testemunhas de momentos importantes da história local.