Aos 98 anos, a rotina de anotar memórias é mantida com amor e cuidado. Conheça a história de João dos Santos e seus diários cheios de vida.

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Querido, diário: Aos 98 anos, o idoso alimenta cadernos com registros pessoais desde a adolescência. As anotações do aposentado João dos Santos começaram na fazenda onde ele morou, passaram pelo trabalho como motorista e têm sido marcadas com mensagens à esposa Glorinha, que infelizmente faleceu em abril deste ano.

Fala Comunidade: o aposentado cultiva o hábito de registrar o cotidiano em diários. Entre páginas e memórias, a trajetória de trabalho como motorista, o amor à esposa e o dia a dia na fazenda, ao lado da lida com o pai, são temas constantes nos cadernos de João dos Santos, de 98 anos, que mantém a prática de anotar diariamente seu cotidiano desde a adolescência.

Na casa localizada no Bairro Nossa Senhora Aparecida, em Juiz de Fora, João mantém cerca de 80 cadernos e milhares de páginas, contando histórias como forma de recordar momentos marcantes e nutrir o sentimento de afeto.

“Minha mãe era lavadeira e meu pai administrava a fazenda. À noite, depois dos afazeres, ele ia me ensinando a ler e escrever”, recorda ele sobre o processo de alfabetização iniciado em sua juventude.

Além dos trabalhos na fazenda, João passou pelo Exército e por algumas empresas de ônibus, onde atuou como motorista. Os seus cadernos são repletos de registros detalhados, como horários, quilometragem e outros detalhes do dia a dia tanto do trabalho quanto da vida pessoal.

Mesmo com as mãos fragilizadas pela idade avançada, os cadernos recebem as anotações diárias, como no dia em que relembrou da esposa Glorinha, que partiu em abril do ano corrente. Com emoção, João relê as palavras escritas para expressar seus sentimentos.

Segundo Valéria Vieira, nora do idoso, os cadernos são essenciais para a rotina de João e representam toda a sua vida. A prática diária de escrever e relembrar vivências é uma maneira de manter viva as lembranças e experiências.

Conforme o senhor João, enquanto tiver vida e condições para escrever, os cadernos continuarão sendo preenchidos. Com a proximidade de completar 100 anos, ele ressalta sua determinação em manter a tradição de registrar sua história.

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