Manifestantes se reuniram em frente ao Masp, na Avenida Paulista, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto que anistia pessoas condenadas pelo 8 de janeiro. O ato, que começou por volta das 14h, foi convocado nas redes sociais por movimentos de esquerda e também acontece em outras cidades do país. Os participantes gritam palavras de ordem contra a anistia e carregam placas e cartazes. Também foi aberta uma bandeira gigante do Brasil, em um contraponto ao ato ocorrido no Sete de Setembro em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestaram a favor da anistia, quando uma bandeira dos Estados Unidos foi aberta também na Avenida Paulista.
Em comum, as manifestações pedem que a PEC da Blindagem não siga a tramitação no Senado Federal. O texto, aprovado na Câmara dos Deputados na última semana, busca proteger parlamentares contra a abertura de processos penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Críticos da proposta afirmam que a PEC, na prática, inviabilizará a abertura de ações penais contra deputados e senadores, uma vez que, quando regra semelhante vigorou no país, somente a instauração de um processo foi autorizada pelo Legislativo.
Manifestantes também se posicionaram contra a tramitação do projeto que prevê perdoar os condenados envolvidos no ato golpista do 8 de janeiro de 2023. Na última quarta-feira (17), os parlamentares aprovaram um pedido de urgência para a proposta para acelerar a análise do texto. Os participantes se concentraram em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em um ato simbólico contra a aprovação desses projetos que, segundo eles, representam retrocessos para a democracia brasileira.
Os manifestantes levantaram bandeiras, cartazes e faixas com mensagens de repúdio às medidas em discussão no Congresso Nacional. Além disso, discursaram sobre a importância de resistir e lutar por um país mais justo e igualitário. A presença de grupos culturais, como artistas e músicos, também marcou o protesto, que contou com a interdição de parte da Avenida Paulista para a realização segura do ato.
O ato foi marcado pela pacificidade e organização dos manifestantes, que seguiram um trajeto pré-estabelecido e respeitaram as orientações das autoridades. No entanto, o clima de indignação e revolta era evidente entre os participantes, que expressaram sua insatisfação com as decisões políticas recentes. A mobilização visa pressionar os representantes públicos a reavaliarem as propostas em pauta e a priorizarem os interesses da população. A diversidade de pessoas presentes no ato demonstra a união de diferentes setores da sociedade em prol da defesa da democracia e dos direitos fundamentais.