Manifestantes se reuniram no Recife para realizar um ato contra a PEC da Blindagem e o Projeto da Anistia. Após concentração na Rua da Aurora, no Centro da capital pernambucana, os participantes do protesto seguiram em passeata durante a tarde de domingo. O objetivo do protesto era se posicionar contra a proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o Projeto de Lei (PL) que prevê anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro no Brasil.
O ato político-cultural contou com a presença de manifestantes que se reuniram em frente ao colégio Ginásio Pernambucano, seguindo em caminhada pela cidade, passando por ruas e pontos simbólicos. O encerramento do protesto aconteceu no Marco Zero, no Bairro do Recife, com a participação de milhares de pessoas. A manifestação foi organizada pela União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), com o apoio das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
Os manifestantes expressaram sua revolta contra o cenário político atual, rejeitando a PEC da Blindagem, a anistia a condenados e outros pontos controversos. Cartazes com mensagens como “Democracia sem anistia” e “Se correr o bicho pega. Sem anistia” foram levantados durante o protesto. A psicóloga Norma Bravo destacou a importância de lutar pela democracia em um momento em que o Congresso Nacional legisla contra os interesses da população.
O protesto no Recife contou com a presença de integrantes de blocos carnavalescos, como o Eu Acho É Pouco, que tem um histórico de luta pela democracia desde sua fundação em 1977. O apoio das entidades, partidos políticos e instituições fortaleceram a manifestação, que recebeu o respaldo de aproximadamente 50 mil pessoas na capital pernambucana. A mobilização também refletiu a união de diferentes setores da sociedade em prol de uma causa comum.
Mais do que um ato de protesto, o evento no Recife foi uma forma de expressão política e artística, com manifestantes trazendo suas criações e mensagens pessoais para reforçar as reivindicações. A diversidade de expressões artísticas presente no ato demonstrou a força e a união da sociedade civil em momentos de dificuldade política. A presença de cartazes, figurinos e performances artísticas reforçou a mensagem de resistência e protesto contra medidas consideradas prejudiciais ao país.
A participação maciça dos manifestantes no Recife reflete o descontentamento e a insatisfação de parte da população em relação às propostas em tramitação no Congresso Nacional. A voz do povo se fez ouvir nas ruas, mostrando a força da mobilização popular e o engajamento cívico em questões de interesse coletivo. O protesto no Recife foi mais do que uma manifestação passageira; foi um símbolo de resistência e luta por uma sociedade mais justa e democrática.