A prisão de quatro dos nove acusados pela morte do torcedor vascaíno Rodrigo José da Silva Santana, de 36 anos, foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (22). O crime ocorreu durante uma emboscada em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio, no último dia 11. A audiência de custódia foi realizada no Tribunal de Justiça do Rio, enquanto outros cinco presos serão ouvidos na terça-feira (23).
Os acusados que tiveram a prisão mantida e passaram pela audiência de custódia são Eduardo dos Santos Pereira, Gabriel Victor da Silva Carqueija, João Pedro dos Santos Campos e Rafael Francisco dos Santos. Além desses, outros três acusados que estão presos serão ouvidos pela Justiça no próximo dia 23. A polícia também procura outros dois homens relacionados à participação no assassinato do torcedor vascaíno.
Everton Oliveira da Silva, conhecido como “Porrozinho”, de 31 anos, e Lucas Machado de Jesus, o “LC”, de 29, são considerados foragidos da Justiça. Ambos são acusados de envolvimento no crime que vitimou Rodrigo. Rodrigo foi baleado na cabeça em uma briga de torcidas horas antes do jogo entre Vasco e Botafogo, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Ele foi vítima de uma emboscada da Torcida Jovem do Flamengo contra a Força Jovem do Vasco.
Amigos de Rodrigo afirmam que ele não estava indo para o jogo, mas estava no local para participar de um churrasco com companheiros. Ele planejava se mudar para Portugal, onde abriria uma barbearia, e deixou quatro filhos, incluindo um bebê de três meses. No sábado (20), a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prendeu nove pessoas envolvidas no crime, incluindo o presidente da Torcida Jovem do Flamengo, Tiago de Souza Câmara Melo, também conhecido como Boinha.
Segundo as investigações, o crime teve motivação “fútil, abjeta e primitiva”, com os agressores organizados para atacar torcedores rivais. Thiago Faria da Silva Trovão, conhecido como Monstrinho, foi apontado como o autor dos disparos que resultaram na morte de Rodrigo. A polícia ressalta que os agressores não estavam usando roupas do Flamengo para evitar identificação durante o ocorrido. É importante ressaltar que a polícia ainda está em busca de mais informações e colaboração para localizar os foragidos relacionados ao caso.