Oposição na Câmara recorre de veto de Motta a Eduardo Bolsonaro: ‘não vamos
aceitar’, diz líder do PL
Aliados de Bolsonaro insinuaram pressão de Alexandre de Moraes após nova sanção
dos EUA contra companheira do ministro. Motta afirmou que decisão foi
‘estritamente técnica’.
Motta justifica decisão que barrou Eduardo Bolsonaro como liderança da minoria:
‘Estritamente técnica’ [https://s03.video.glbimg.com/x240/13953986.jpg]
Motta justifica decisão que barrou Eduardo Bolsonaro como liderança da minoria:
‘Estritamente técnica’
A oposição na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (23) que recorreu da decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de vetar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no cargo de liderança da minoria.
Motta negou a indicação nesta terça e afirmou que a decisão foi “estritamente técnica”. A informação foi divulgada no Diário Oficial da Câmara, uma semana após a oposição anunciar a indicação de Eduardo para a função.
Eduardo está morando nos EUA e não queria perder o mandato, mesmo sem comparecer às sessões da Câmara. A oposição então indicou o deputado para a liderança da minoria, se aproveitando de um ato da Mesa Diretora de 2015, que permitia que, nas sessões deliberativas e nas votações da Casa, os líderes teriam ausências justificadas, sem efeitos administrativos.
Dessa forma, o anúncio da oposição de indicar o deputado como líder da minoria foi uma forma de tentar driblar a perda do mandato por faltas, e permitir que ele continue como deputado mesmo à distância.
“Nós estamos entrando com recurso na Mesa Diretora. Essa resolução ainda vale. O presidente Hugo Motta não deveria ter tomado a decisão unilateralmente. Ele precisa reunir a Mesa Diretora. Nós não vamos aceitar essa decisão”, afirmou o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
O deputado insinuou ainda que Motta negou a nomeação de Eduardo para a liderança, depois que os EUA anunciaram uma sanção que atingiu a companheira do ministro Alexandre de Moraes.
A atual líder da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), afirmou que a escolha dos líderes é prerrogativa das bancadas parlamentares e que não cabe a Motta negar a escolha.