A responsável por um centro de acolhimento clandestino em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi detida por policiais da 22ª DP (Penha) na última terça-feira (23), e o estabelecimento foi fechado após uma denúncia sobre a morte de uma idosa que residia no local. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, e as circunstâncias da morte estão sendo investigadas pelas autoridades.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, os fiscais constataram condições precárias no centro clandestino, incluindo a falta de profissionais capacitados, precariedade nas instalações e a ausência de alvará de funcionamento. A fiscalização ainda identificou a escassez de alimentos para os idosos, que viviam em condições inadequadas, com alguns deles dormindo em sofás improvisados como camas.
O Secretário Felipe Michel destacou que não apenas a responsável pelo asilo clandestino será responsabilizada, mas também os familiares dos idosos, pois deixá-los em situações de maus-tratos configura crime. A investigação irá apurar possíveis crimes cometidos pelos responsáveis e familiares dos idosos que estavam sob seus cuidados no local.
Doze idosos, sendo nove mulheres, que ainda estavam no estabelecimento foram encaminhados para abrigos da prefeitura. O delegado titular da 22ª DP (Penha), Felipe Gontijo, informou que, inicialmente, a suspeita é de que a idosa faleceu de maneira inesperada. A responsável pelo asilo clandestino foi detida e responderá pelo crime de colocar em risco a vida dos idosos, com pena prevista de 1 a 5 anos de prisão.
A ação das autoridades locais demonstra a importância de fiscalizações rigorosas em estabelecimentos que prestam assistência a idosos, garantindo a segurança e o bem-estar dessas pessoas vulneráveis. A sociedade deve estar atenta e denunciar casos de irregularidades em instituições de acolhimento, contribuindo para a proteção dos idosos e a responsabilização de quem comete crimes de negligência e maus-tratos. É fundamental que os órgãos competentes ajam de forma eficaz para coibir práticas abusivas e garantir o respeito aos direitos dos idosos em nosso país.