Identificados torcedores do Goiás que mataram vilanovense

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), concluiu o inquérito policial e indiciou os envolvidos na morte de Ryan Borges Nascimento Oliveira por homicídio triplamente qualificado.

A vítima foi espancada no dia 02 de novembro deste ano por torcedores da torcida organizada do Goiás, no Setor Nova Vila, em Goiânia, quando Ryan se dirigia com amigos ao Serra Dourada para assistir ao jogo do Vila Nova, time para o qual torcia.

Filmagens de câmeras de segurança nas proximidades onde os fatos ocorreram revelaram que os torcedores do Goiás chegaram em quatro veículos. Eles pararam os carros bruscamente e ao visualizarem os torcedores do Vila Nova, desceram de seus veículos e começaram a agredir o grupo.

Os dois indivíduos que perseguiram a vítima e a agrediram com caibros de madeira, além de rasgarem suas roupas foram identificados como sendo Thiago Fonseca Almeida e Alessandro Fernandes Da Silva. O terceiro homem que participou e subtraiu a carteira da Ryan foi identificado como sendo Lucas Guilherme Lima Alves.

Foi pedida a prisão temporária de todos os envolvidos. No entanto, a solicitação foi negada sob o fundamento de que os investigados haviam comparecido espontaneamente na Delegacia de Polícia e por não possuírem antecedentes criminais.

O único investigado que teve a prisão decretada, por não ter se apresentado foi Alessandro. Segundo a Polícia, em buscas posteriores descobriram  que o acusado havia cometido suicídio no último dia 10, em Senador Canedo.

Todos os envolvidos foram indiciados pelo Delegado de Polícia Marco Aurélio Euzébio Ferreira pela prática pelo homicídio triplamente qualificado em razão do motivo torpe, pelo meio cruel utilizado e por terem utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima. Neste caso, a pena de reclusão de é 12 a 30 anos.

Relembre o caso clicando aqui.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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