Dawisson Belém Lopes, docente de Política Internacional e Comparada na UFMG, analisa a abordagem de Lula em relação a Trump. Segundo ele, as declarações do presidente brasileiro revelam uma mudança na percepção de que apenas a direita teria acesso ao governo Trump. Lula expressou satisfação com o encontro, afirmou que a aproximação ocorreu de forma inesperada e destacou a boa química percebida entre os dois líderes. As declarações foram feitas após o discurso de Trump na ONU.
Lula, por sua vez, adotou uma postura cautelosa em relação à reunião, destacando que não pretende ir de ‘peito aberto’ para o encontro. Ele afirmou que espera que a conversa seja produtiva e reservou elogios ao presidente americano, demonstrando uma abertura para o diálogo. De acordo com o especialista, a aproximação de Lula com Trump indica uma estratégia do ex-presidente para ampliar sua influência e participação no cenário internacional.
A expectativa é de que o diálogo entre os dois líderes seja construtivo e possa resultar em possíveis acordos e parcerias. A postura cautelosa adotada por Lula evidencia a importância da aproximação com Trump, mas também mostra a necessidade de agir com cautela diante de um cenário político complexo. De acordo com o professor da UFMG, a abordagem de Lula demonstra uma renovação na forma de fazer política externa, buscando estabelecer pontes e diálogos mesmo em um contexto de polarização.
Mesmo com a tentativa de aproximação, Lula ainda mantém uma postura de precaução em relação ao encontro com Trump. O ex-presidente destacou a importância do diálogo construtivo e da busca por entendimento mútuo, sinalizando que pretende estabelecer uma relação produtiva com o presidente americano. Segundo o especialista, esse movimento de Lula é estratégico e visa ampliar suas possibilidades de atuação no cenário global, demonstrando uma mudança nas dinâmicas tradicionais da política internacional.