O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, registrou um aumento de 0,48% em setembro, após uma deflação de 0,14% em agosto, conforme divulgado pelo IBGE. Esse valor ficou um pouco abaixo da média das expectativas dos economistas, que estimavam uma alta de 0,51% no último mês. Com esse resultado, a prévia da inflação acumula um avanço de 3,76% em 2025 e de 5,32% nos últimos 12 meses, ultrapassando a taxa de 4,95% registrada no período anterior.

Entre os grupos analisados, Habitação apresentou a maior variação, com 3,31%, revertendo a queda observada em agosto. Este aumento foi influenciado pelo término do desconto do Bônus de Itaipu, pela vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em setembro e por reajustes regionais. Outros grupos que registaram alta foram Vestuário (0,97%), Saúde e cuidados pessoais (0,36%), Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%). Em contrapartida, Alimentação e bebidas tiveram uma queda de 0,35% pelo quarto mês consecutivo, com recuos em itens como tomate e cebola.

O grupo Transportes apresentou uma retração de 0,25%, com quedas em itens como seguro voluntário de veículos, passagens aéreas e gasolina. Por outro lado, houve aumentos nas tarifas de táxi, principalmente em Belém e São Paulo. Todas as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE registraram inflação em setembro, com Recife liderando as altas e Goiânia apresentando a menor variação. O IPCA-15 mede a variação de preços do dia 16 de um mês ao dia 15 do mês seguinte, sendo uma prévia do IPCA, o indicador oficial de inflação da economia brasileira.