Um homem de 35 anos será executado nesta quinta-feira, 25, no Texas, Estados Unidos, pelo assassinato da filha de 13 meses de sua então namorada, em um ritual que o casal descreveu como “exorcismo”.
O crime ocorreu em dezembro de 2008, no condado de Rusk. Segundo a acusação, Blaine Milam agrediu a bebê Amora Carson durante cerca de 30 horas, utilizando um martelo, mordidas e estrangulamento. O corpo da criança apresentava múltiplas fraturas no crânio, braços, pernas e costelas, além de dezenas de marcas de mordida. O legista responsável afirmou que não foi possível identificar uma única causa da morte devido à gravidade dos ferimentos.
Milam sempre negou envolvimento e responsabilizou a namorada na época, Jesseca Carson, que teria alegado que a filha estava possuída por um demônio. Ela foi condenada à prisão perpétua por homicídio qualificado. Ambos tinham 18 anos quando o crime ocorreu.
A defesa de Milam sustenta que ele é deficiente intelectual e questiona provas apresentadas no julgamento, como as marcas de mordida, consideradas controversas por especialistas. Os advogados também afirmam que não há evidências diretas de sua participação no assassinato. Ainda assim, cortes estaduais e federais rejeitaram os pedidos de adiamento, e o Conselho de Perdões do Texas negou a comutação da pena.
De acordo com a Procuradoria-Geral do estado, provas de DNA e outros elementos continuam vinculando Milam ao crime. O promotor Micheal Jimerson lembra que, inicialmente, o casal foi tratado como família enlutada, mas as investigações concluíram que o chamado “exorcismo” foi uma forma de encobrir o assassinato.
“É muito difícil aceitar que alguém possa sentir prazer na tortura de um bebê. Isso diminui todos nós”, declarou Jimerson.
Se a execução for mantida, Milam será o quinto condenado a morrer no corredor da morte do Texas em 2025. O estado é o que mais aplica a pena capital nos Estados Unidos.