Após o fim das negociações de fusão com a DE, a Azul Linhas Aéreas anunciou, em comunicado divulgado nesta quinta-feira (25), que está comprometida com o “fortalecimento da sua estrutura de capital”. Além disso, garantiu honrar todas as passagens emitidas no codeshare, que havia sido acordado em maio do ano passado.
O DE questionou a companhia aérea sobre o volume de passagens já emitidas sob o codeshare e como será feito o atendimento a esses clientes, mas a Azul se limitou a dizer que o único pronunciamento será feito por meio do comunicado divulgado ao mercado.
O codeshare é um acordo em que duas ou mais companhias compartilham o mesmo voo, os mesmos padrões de serviço e os mesmos canais de venda. No caso de Gol e Azul, a parceria permitia a venda cruzada de bilhetes e a interconexão das malhas aéreas, além da integração dos programas de fidelidade.
O Grupo Abra, controlador da DE, notificou à Azul, nesta quinta, sobre o encerramento das tratativas de fusão entre as companhias aéreas. No comunicado, a DE esclareceu que a decisão foi tomada por conta do não avanço das negociações.
Em entrevista ao DE em janeiro deste ano, o CEO da Azul, John Rodgerson, disse ver no acordo com a DE uma saída de fortalecimento e crescimento para superar “entraves” do mercado brasileiro.
Rodgerson via na junção as duas companhias a criação de um player relevante no mercado para conseguir melhores negociações contra gigantes do mercado, e também para ampliar o leque de atuação no país.
“Nossos clientes vão poder fluir. Eu [Azul] tenho pouca porcentagem em Congonhas e Guarulhos, em Brasília e no Rio, mas agora vamos ter a possibilidade de conectar o Brasil inteiro com uma passagem”, projetou.