Irregularidades no desmatamento em torno do Aeroporto de Fortaleza levam a suspensão de licenças concedidas à Aerotrópolis

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Órgãos ambientais apontaram irregularidades no desmatamento em torno do Aeroporto de Fortaleza e decidiram suspender as licenças concedidas à empresa Aerotrópolis, responsável por intervenções na área próxima ao Aeroporto Internacional Pinto Martins. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), durante uma vistoria foram identificadas irregularidades no processo de desmatamento, incluindo a derrubada de árvores em Área de Preservação Permanente, o que resultou na “supressão de vegetação além do limite estabelecido e manejo inadequado da fauna local”.

Os técnicos dos órgãos ambientais estão elaborando um relatório com base nas constatações feitas em campo. A legislação ambiental prevê a aplicação de multa em casos como este, mas o valor ainda não foi definido. A empresa Aerotrópolis já foi notificada e terá um prazo de cinco dias para apresentar sua defesa.

A Semace enfatizou que todo o procedimento de licenciamento ambiental seguiu os trâmites legais, com a anuência da Prefeitura de Fortaleza desde 2023. O processo incluiu levantamento de dados pela plataforma SOS Mata Atlântica, vistoria de campo e inventário florestal. No entanto, a autarquia constatou que a empresa não respeitou as condições autorizadas, o que resultou na suspensão da licença.

A Fraport, empresa responsável pela administração do Aeroporto de Fortaleza, tem planos para construir dois galpões, um shopping e um hotel no local onde as árvores foram derrubadas. O DE questionou a Fraport sobre as irregularidades apontadas pela Sema e pela Semace na derrubada de árvores, mas até o momento não obteve resposta.

Em resumo, as irregularidades no desmatamento em torno do Aeroporto de Fortaleza levaram à suspensão das licenças concedidas à empresa Aerotrópolis. Os órgãos ambientais identificaram falhas no processo, como supressão de vegetação além do limite permitido e manejo inadequado da fauna local. A empresa terá cinco dias para se defender e a legislação prevê a aplicação de multa. A Fraport pretende construir novas estruturas no local onde as árvores foram derrubadas, mas as irregularidades apontadas ainda não foram esclarecidas pela empresa.

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