Estudantes da UFRPE denunciam que restaurante universitário serviu refeições com lagartas, moscas e carne de porco com pelos
A Universidade Federal Rural de Pernambuco abriu uma sindicância e acionou a Polícia Federal para investigar o caso.
Estudantes reclamam da qualidade das refeições no restaurante universitário da UFRPE.
Estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai), localizados no bairro de Dois Irmãos, na Zona Oeste do Recife, denunciaram que o restaurante universitário (RU) serviu alimentos e refeições com moscas, larvas, carne de porco com pelos e lagartas (veja vídeo acima).
A empresa que opera atualmente no local assumiu, há menos de um mês, a gestão após um processo de licitação. De acordo com Amanda Karaxu, estudante da universidade, a presença do que ela chama de “objetos estranhos” começou há 14 dias.
“São vários fatos de objetos estranhos aparecendo nas comidas. E normalmente isso não acontece. Foi das duas últimas semanas para ‘cá’ que começou a acontecer esses casos”, contou.
Geovana Vitória, também estudante da UFRPE, contou que foram feitas denúncias para a Vigilância Sanitária do Recife para averiguar o local.
Procurada, a Vigilância Sanitária confirmou que recebeu duas denúncias sobre o RU da UFRPE e que vai realizar uma fiscalização no local.
De segunda a sexta-feira, são servidas 3,5 mil refeições entre almoço e jantar no restaurante. O valor do almoço é R$ 3,50; e o do jantar, R$ 3. Estudantes vegetarianos e com restrição alimentar também têm um cardápio específico.
De acordo com os estudantes, uma lagarta foi encontrada viva na refeição servida no RU — Foto: Reprodução/TV Globo
À TV Globo, a reitora da UFRPE, Maria José de Sena, informou que soube das denúncias pelas redes sociais e que algumas situações expostas se contradizem com os critérios usados no restaurante.
De acordo com a reitora, a orelha de porco que os universitários dizem ter encontrado não faz parte da lista de compras do restaurante.
A UFRPE disse, ainda, que abriu uma sindicância e acionou a Polícia Federal para apuração dos fatos. A corporação é chamada para assuntos relacionados às universidades públicas por estarem em área de domínio da União.