Uma mulher e seu comparsa foram condenados por matar brutalmente duas irmãs, de 27 e 15 anos, em meio a uma disputa entre facções na cidade de Fortaleza, em agosto de 2024. Os corpos das irmãs foram encontrados no Rio Maranguapinho, e a violência do crime chocou a população local. Fabíola dos Santos da Costa, de 27 anos, e sua irmã adolescente foram vítimas de tiros e tiveram seus corpos jogados no rio, um ato repugnante que deixou a todos perplexos.
A 3ª Vara do Júri de Fortaleza proferiu a sentença na última quarta-feira, condenando um homem e uma mulher que eram membros de uma facção criminosa pelo assassinato das duas irmãs. Ismael Oliveira Martins de Sousa, conhecido como “Lorim”, recebeu uma pena de 44 anos, 5 meses e 15 dias de prisão, enquanto Karla Karoline Santos de Andrade, apelidada de “Karol ou Mexicana”, foi condenada a 5 anos e 4 meses de detenção. Ambos foram considerados culpados por homicídio qualificado, corrupção de menores, cárcere privado e organização criminosa.
De acordo com a denúncia, Karol era uma das líderes da facção na região e ordenou a execução das irmãs devido a uma rivalidade entre os grupos criminosos. A motivação para o assassinato teria sido a disputa territorial entre as facções na região do bairro Autran Nunes, onde as vítimas haviam se mudado recentemente, contra a vontade de seus familiares, que residiam em outra parte da cidade.
As investigações apontaram que as irmãs foram abordadas pelo grupo liderado por Karol, incluindo “Lorim”, nas primeiras horas da madrugada de 16 de agosto. Posteriormente, elas foram levadas à beira do Rio Maranguapinho, onde foram julgadas e condenadas à morte pela mandante do crime. O duplo homicídio foi cometido com disparos de arma de fogo, e os corpos das vítimas foram descartados no rio de maneira cruel.
Um homem que inicialmente foi detido sob suspeita de envolvimento no crime afirmou em depoimento à polícia que viu cinco homens levando as duas vítimas amarradas, desassociando-se assim do assassinato. Ele também mencionou que outra mulher seria a verdadeira mentora por trás do ato hediondo. Karol e Lorim foram presos poucos dias após o crime, ainda em agosto de 2024, face às evidências reunidas contra eles.
O caso das irmãs assassinadas em Fortaleza gerou comoção e indignação na sociedade, evidenciando a crueldade que permeia o cenário do crime organizado na região. A justiça, ainda que tardia, foi feita ao condenar os responsáveis por esse ato bárbaro, trazendo um mínimo de alívio aos familiares das vítimas. Resta agora o desafio de combater efetivamente a violência e a impunidade que assolam tantas comunidades pelo Brasil afora.