O Flamengo conseguiu uma liminar para bloquear os repasses aos clubes da Libra, despertando críticas por parte da entidade. O clube carioca busca rever a divisão do dinheiro na liga, o que motivou a manifestação da Libra que repudiou a decisão unilateral e repentina por parte da gestão rubro-negra. Essa ação judicial resultou no bloqueio de R$ 77 milhões em pagamentos que seriam distribuídos aos clubes membros da entidade.

A atual presidência do Flamengo, representada por Bap, tem como objetivo revisar a distribuição financeira na Libra. A liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro interrompeu o repasse de uma porcentagem dos ganhos com o pay-per-view, conforme acordado entre a Libra e a Globo. O Flamengo alega prejuízo decorrente de um contrato firmado em 2024, durante a gestão de Rodolfo Landim, sendo contestado por Luiz Eduardo Baptista, seu sucessor.

Os critérios de audiência no pay-per-view são elementos chave na definição dos valores a serem recebidos por cada clube, e o Flamengo questiona a divisão referente a essa medição de audiência. Enquanto isso, a Libra expressa surpresa com a ação da diretoria rubro-negra, argumentando que a discussão já havia sido realizada em reuniões anteriores. Em setembro, os clubes associados recusaram a proposta do Flamengo e optaram por um novo critério de divisão dos valores das audiências.

Após uma tentativa inicial sem sucesso, o Flamengo obteve a liminar em segunda instância no TJ do Rio, com o processo correndo em segredo de justiça. A entidade Libra emitiu nota oficial repudiando a postura do clube carioca e reforçando seu compromisso em defender os interesses dos seus associados. A polêmica em torno do contrato bilionário e da divisão dos valores impacta diretamente os clubes envolvidos nessa disputa.

Os desdobramentos dessa disputa entre Flamengo e Libra ainda são incertos, com o embate jurídico em curso e a relação entre os clubes tensionada. O interesse de curto prazo do Flamengo confronta a estabilidade financeira dos demais clubes associados, gerando um impasse que coloca em xeque a harmonia da liga. O futuro dessa questão dependerá das próximas decisões tomadas tanto pelos clubes envolvidos quanto pela justiça.