Bombeiros do DF atendem emergências por vídeo e salvam vidas à distância
Tecnologia de vídeo permite que bombeiros orientem procedimentos de emergência em tempo real. Nesta sexta (26), aconteceu a formatura da primeira turma do curso de teleatendimento.
Agora bombeiros tem videochamada para auxiliar em urgências
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal passou a utilizar chamadas de vídeo como ferramenta de apoio em atendimentos de emergência.
A tecnologia, implantada há três meses, tem sido usada em casos de engasgos e paradas cardiorrespiratórias, permitindo que os atendentes da central de operações orientem familiares e testemunhas enquanto as viaturas se deslocam até o local.
A inovação surgiu após uma ocorrência envolvendo um recém-nascido de apenas quatro dias, que se engasgou em casa.
Na ocasião, os bombeiros da central decidiram realizar uma chamada de vídeo com os pais do bebê, explicando os procedimentos que poderiam ser feitos até a chegada da equipe.
Graças às instruções, a criança sobreviveu. A partir desse episódio, foi criado um protocolo específico para atendimentos por vídeo.
Nesta sexta-feira (26), aconteceu a formatura da primeira turma do curso de teleatendimento, com 114 bombeiros. Segundo o tenente-coronel Efraim Miranda Lima, chefe da central de operações, são realizados em média dez atendimentos por vídeo por dia.
> “Quando o cidadão consegue auxiliar a vítima realizando essas manobras, ele já está oferecendo um suporte que talvez só estivesse disponível com a chegada de uma viatura ao local. É uma forma de ganhar tempo e aumentar as chances de sobrevivência”, afirma.
OCORRÊNCIAS DE PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS
De janeiro até o fim de agosto deste ano, foram registradas 1.063 ocorrências de paradas cardiorrespiratórias no DF — uma leve queda em relação ao mesmo período em 2023, que teve 1.257 casos. Já os engasgos somaram 558 ocorrências até agosto, com uma média superior a dois casos por dia.
A atuação remota dos bombeiros representa um avanço na forma de prestar socorro. A expectativa é que o protocolo seja ampliado para outros tipos de emergência.