Cruzeiro revê Fernando Diniz após passagem com frustrações, polêmica e resultados ruins
O Treinador deixou o Cruzeiro no fim de janeiro deste ano, após trabalho de altos e baixos. O Cruzeiro DE jogará em São Januário contra o Vasco, às 18h30 (de Brasília) neste sábado, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, no primeiro encontro com Fernando Diniz. O técnico comandou a Raposa por menos de quatro meses, em passagem marcada por frustrações e uma relação com altos e baixos.
Fernando Diniz era o treinador dos sonhos de Pedro Lourenço, que assumiu a SAF do Cruzeiro em abril de 2024. Fernando Seabra vivia grande momento, com arrancada na Sul-Americana e boa posição no Campeonato Brasileiro. Ganhou valorização salarial por desejo de Pedrinho, mas acabou demitido em setembro. Vinte e quatro horas depois, Diniz foi anunciado.
O treinador, que menos de um ano antes tinha sido campeão da Libertadores com o Fluminense, chegou sob grande respaldo interno, mas com desconfiança de parte da torcida por conta do desempenho com o Tricolor após o título continental. No time carioca, foi demitido com o time na zona de rebaixamento do Brasileirão.
Diniz assumiu o Cruzeiro sem a possibilidade de pedir reforços, por conta do fechamento da janela de transferências, mas com jogadores que haviam chegado poucos meses antes. O investimento na casa de R$ 200 milhões aumentou a pressão por resultados, principalmente em busca de vaga na Libertadores. Era o grande objetivo da nova gestão da SAF para o planejamento de 2026.
Fernando Diniz explicou o desempenho ruim no Cruzeiro e comentou o desabafo antes de sua demissão. Com Fernando Diniz no comando, o Cruzeiro disputou 20 partidas, vencendo quatro, empatando nove e perdendo outras sete. O aproveitamento do treinador no período foi de 35%.
Após a perda do título da Sul-Americana, a demissão de Fernando Diniz era considerada como caminho provável ao fim da temporada. A exposição da situação gerou desconforto antes e após o jogo contra o Juventude, no encerramento do Brasileirão. O técnico foi perguntado sobre o fato e disparou críticas contra Alexandre Mattos, então CEO de futebol.
Mas o voto de confiança ao treinador durou pouco. O Cruzeiro foi ao mercado no fim de ano e, ainda que com investimento mais tímido, buscou nomes de peso, como Dudu, Fabrício Bruno e Gabigol. Alguns dos nove reforços contratados não passaram pela chancela do treinador. O início de ano claramente carregou o peso do fim da temporada. O Cruzeiro empatou amistosos com Atlético-MG e São Paulo, em pré-temporada nos Estados Unidos, mas patinou no início do Mineiro. Venceu o Tombense, mas tropeçou diante de Athletic e Betim, com atuações ruins, e o treinador foi demitido.
