O ratinho-goytacá (Cerradomys goytaca) é uma espécie de roedor ameaçada de extinção que foi recentemente flagrada no Parque Estadual da Lagoa do Açu, localizado no município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Este pequeno mamífero, conhecido por seus hábitos noturnos, costuma viver em áreas abertas da mata de restinga, onde se alimenta principalmente de coquinhos de guriri, exercendo um papel importante como dispersor de sementes e como bioindicador ambiental.
A presença do ratinho-goytacá no Parque Estadual da Lagoa do Açu é motivo de comemoração para os especialistas, que atribuem a preservação da espécie ao estado de conservação da unidade. A descoberta deste adorável roedor foi feita inicialmente no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, pelos pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), William Tavares, Leila Maria e Pablo Gonçalves.
Por fazer parte da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o ratinho-goytacá enfrenta desafios como a perda de habitat e a presença de espécies exóticas que acabam predando e competindo por recursos com esses pequenos roedores. Sua presença no Parque Estadual da Lagoa do Açu ressalta a importância da conservação dessas áreas protegidas para a sobrevivência da biodiversidade local.
Com uma extensão de 8.276,67 hectares, o Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange parte dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, sendo considerado um dos remanescentes mais ricos e bem preservados de vegetação de restinga no Estado do Rio de Janeiro. Além de ser habitat para o ratinho-goytacá, a unidade de conservação também é um local de passagem de aves migratórias, contribuindo para a biodiversidade da região.
A preocupação com a preservação do ratinho-goytacá e de outras espécies ameaçadas de extinção ressalta a importância do trabalho de conservação em parques naturais e áreas de preservação ambiental. Com a conscientização e o apoio da população, é possível garantir a sobrevivência desses animais e a preservação dos ecossistemas locais, promovendo um equilíbrio entre a natureza e a atividade humana.
Diante da descoberta do ratinho-goytacá no Parque Estadual da Lagoa do Açu, reforça-se a importância da conservação das áreas de restinga e da promoção de medidas para proteger as espécies ameaçadas de extinção. Com a união de esforços de instituições ambientais, pesquisadores e comunidade, é possível garantir um futuro sustentável para a fauna e flora local, preservando a diversidade e a riqueza natural do Norte Fluminense.