Presidente Prudente usa bactéria Wolbachia em mosquitos para combater dengue e outras arboviroses
A Biofábrica de Presidente Prudente (SP) foi inaugurada em julho de 2025 e é considerada a primeira unidade do estado de SP.
A fábrica de mosquitos que não transmitem dengue completou dois meses nesta semana em Presidente Prudente (SP). Segundo a prefeitura, o projeto já beneficia cerca de 113 mil moradores da cidade.
Nos últimos 30 dias, foram registradas 297 notificações e 212 casos positivos de dengue em Presidente Prudente, segundo a prefeitura. Em agosto, o painel de arboviroses do estado de São Paulo apontou 305 casos confirmados.
No mesmo período do ano passado, em setembro de 2024, foram registrados 29 casos de dengue na cidade, segundo o painel estadual.
Até sexta-feira (26), Presidente Prudente acumulava 28.292 casos positivos de dengue em 2025, com 24 mortes confirmadas, segundo boletim da prefeitura.
O projeto usa o Método Wolbachia, desenvolvido na Biofábrica de Prudente. Segundo a prefeitura, a expectativa é reduzir em até 70% os casos de transmissão de arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e febre-amarela.
De acordo com o Ministério da Saúde, o método insere a bactéria Wolbachia no mosquito Aedes aegypti. Presente em cerca de 60% dos insetos, essa bactéria impede que os vírus se desenvolvam dentro do mosquito, reduzindo a transmissão.
O trabalho é feito em parceria entre equipes do estado, do município e da organização WMP Brasil. Juntas, elas atuam diariamente na liberação dos Wolbitos — nome dado aos mosquitos com Wolbachia.
Em Presidente Prudente, as liberações dos Wolbitos devem durar cerca de 28 semanas. A prefeitura reforça que a população deve continuar adotando medidas de prevenção, como evitar água parada.