O Governo do DF enfrenta desafios na busca por uma solução para o novo Centro Administrativo em Taguatinga, que está desocupado e inacabado há 12 anos. Ibaneis Rocha, em seu sétimo ano de mandato, ainda não conseguiu resolver a questão da ocupação dos prédios do Centrad, que deveria ser a sede dos órgãos públicos distritais. Desde a sua ‘inauguração’ em 2014 sem móveis, o complexo vem se deteriorando, sem receber nenhum escritório ou órgão do GDF.
O Centrad, idealizado pelo ex-governador José Roberto Arruda, tinha o objetivo de reduzir os gastos do GDF com aluguel e facilitar o fluxo de trânsito entre o Plano Piloto e as regiões administrativas. Com 182 mil metros quadrados e 16 prédios, o complexo nunca foi ocupado, e agora o destino do local permanece incerto, mesmo com promessas de ocupação nos dois mandatos de Ibaneis.
O governo planejava negociar a ocupação dos prédios com construtoras, mas os prazos não foram cumpridos. Em agosto, Ibaneis anunciou um edital de concessão que estaria pronto em setembro, porém, até agora nenhum avanço foi anunciado. A Terracap, responsável pela produção do edital, ainda está em fase de estudos, sem previsão de publicação do documento.
Desde sua inauguração em 2014, o Centrad enfrenta obstáculos para a ocupação, como obras viárias e de urbanismo necessárias no entorno do complexo. O contrato de PPP entre o GDF e o consórcio privado foi anulado em 2022 devido a irregularidades, mas restam pendências para a ocupação, como a falta de Habite-se e de documentos essenciais.
O GDF anunciou obras para viabilizar a ocupação do Centrad, com investimento de R$ 300 milhões em infraestrutura, mas as obras externas estão paralisadas, sem previsão de retomada. Enquanto isso, o local permanece fechado e sujeito a vandalismo e deterioração ao longo dos anos.
A linha do tempo do Centrad mostra a complexidade e os impasses enfrentados desde 2009, com promessas não cumpridas de ocupação, investigações de irregularidades e decisões judiciais que impedem repasses de recursos. O futuro do Centrad permanece incerto, com desafios a serem superados para tornar possível a ocupação do complexo e evitar seu abandono contínuo.