O que se sabe e o que falta saber sobre a intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas em SP
Uma pessoa morreu e oito foram internadas após consumir bebidas alcoólicas adulteradas em diferentes cidades do estado. A origem das bebidas é desconhecida.
O estado de São Paulo registrou uma morte e oito internações por intoxicação com metanol.
Uma pessoa morreu e oito foram internadas após consumir bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.
Os casos foram registrados nos 18 primeiros dias de setembro e são considerados inéditos pelo número de ocorrências em curto período, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), de Campinas (SP).
Além disso, os casos de intoxicação por metanol, no geral, estão associados à população em situação de rua que ingere álcool em postos de gasolina adulterados com a substância. No entanto, as vítimas do caso estavam fora desse contexto.
Os sintomas de intoxicação por metanol podem incluir náusea, vômito, dor abdominal, visão turva, vertigem, pressão baixa e tremor. Pequenas quantidades da substância já são suficientes para provocar intoxicação grave.
A secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, afirmou, neste sábado (27), que há a possibilidade de um surto de intoxicação por metanol e os profissionais de saúde e consumidores devem se atentar aos sintomas.
As intoxicações notificadas ocorreram em São Paulo, Limeira e Bragança Paulista. Os casos envolveram bebidas como gin, whisky e vodka compradas em conveniências, mercados informais e bares. As vítimas incluem pessoas jovens e adultas, de cidades diferentes, e que consumiram álcool em festas, bares e outros lugares. O tratamento pode incluir antídotos e hemodiálise, sendo o tempo de detecção crucial para a eficácia. O governo federal e órgãos de saúde, como Anvisa, Ministério da Saúde e Vigilâncias Sanitárias, foram notificados. Uma reunião do Comitê Técnico do Sistema de Alerta Rápido (SAR) foi marcada para o dia 29 de setembro, para discutir novas medidas de prevenção e controle. Há investigações por parte da polícia, segundo a secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado.
O que falta saber sobre a intoxicação por metanol envolve a origem exata das bebidas adulteradas, se as bebidas fazem parte de um único lote ou são lotes diversos, a extensão dos casos e se outras regiões podem ser afetadas, se há casos não notificados e se há responsáveis envolvidos na adulteração das bebidas.
A Unicamp fez um alerta sobre o aumento de casos de intoxicação por metanol na região.
Para mais notícias sobre Campinas e região, confira o DE Campinas.