Comprou celular e recebeu azulejo? Veja quais são seus direitos como consumidor
Consumidora de Divinópolis pagou R$ 8,5 mil em um iPhone e recebeu um pedaço de azulejo. Advogado explica quais passos devem ser seguidos para garantir os direitos do cliente em situações assim.
Divinopolitana compra celular pela internet e recebe pedaço de azulejo
A empreendedora Paula Rosa, de Divinópolis, pagou R$ 8,5 mil em um iPhone pela internet e recebeu um pedaço de azulejo no lugar. O caso da viralizou nesta semana e levantou a dúvida: o que fazer em situações assim?
Segundo o advogado especialista em Direito do Consumidor, Ulisses Couto, o consumidor não pode ser penalizado e deve agir imediatamente para garantir seus direitos. Veja os passos:
– Registre tudo: faça fotos e vídeos ao abrir a embalagem. Se possível, peça que o entregador aguarde a conferência. Encontrando algo errado, pode recusar a entrega na hora.
– Boletim de ocorrência: leve toda a documentação da compra à Polícia Militar e registre o caso.
– Procure a loja: acione o atendimento da empresa responsável pela venda e exija a solução.
– Apoio do Procon: se a empresa negar o problema, registre reclamação no órgão de defesa do consumidor.
– Justiça: se nada resolver, é possível entrar com ação judicial e pedir indenização, inclusive por danos morais.
O advogado lembra que, em casos de compras em plataformas de marketplace — espaços online em que diferentes vendedores anunciam seus produtos — a obrigação também é da empresa que administra o site.
“A responsabilidade da loja também ocorre em casos de marketplace. Mesmo quando a venda e a entrega são feitas por terceiros, a plataforma é responsável por reparar o dano e indenizar o consumidor”, afirmou.
A ansiedade de receber a encomenda se transformou em frustração na última sexta-feira, quando Paula abriu a caixa do pedido e encontrou um pedaço de azulejo no lugar do celular.
Ao consultar o número de série no site da Apple, ela descobriu que o aparelho já havia sido ativado 17 dias antes do pedido.
Após receber a encomenda com o azulejo, ela acionou o atendimento online da Amazon e pediu o reembolso. Porém, por e-mail, a empresa informou que não poderia resolver o caso.
A empresa ainda lamentou o interesse da cliente em procurar o Procon e informou que responderá ao advogado dela, caso seja notificada. Diante da negativa, a empreendedora registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM).
Procurada pelo Diário do Estado, a Amazon informou que está apurando internamente o ocorrido e, em breve, retornará com um posicionamento.