Empresário condenado por golpes financeiros no Paraná: mais de 300 vítimas e R$22 milhões a ressarcir

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Mais de 300 vítimas e R$ 22 milhões a ressarcir: empresário é condenado por golpes financeiros no Paraná

Kelvyn Samuel Baltokoski, ex-proprietário da BTK Holding, foi condenado a 11 anos de prisão. A defesa informou que vai recorrer da decisão.

Kelvyn Samuel Baltokoski, ex-sócio proprietário da BTK Holding, empresa investigada por golpes financeiros, foi condenado a 11 anos, 9 meses e 23 dias de prisão. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o empresário lesou pelo menos 306 vítimas, acumulando um prejuízo total superior a R$ 22 milhões.

A sentença foi expedida em 22 de setembro pela 1ª Vara Criminal de Guarapuava, na região Central do Paraná. Kelvyn era investigado desde 2021 e chegou a ser preso duas vezes.

Segundo a denúncia, o empresário enganava cada vítima individualmente, oferecendo contratos personalizados e acesso a um site com informações falsas sobre investimentos, prometendo lucros de 4% a 12% ao mês em operações na bolsa de valores, supostamente sem riscos.

Além da pena de prisão, Kelvyn terá que pagar multa e entregar os bens apreendidos, que serão destinados ao ressarcimento das vítimas. A juíza responsável pelo caso determinou que o ressarcimento seja feito integralmente, garantindo que as vítimas recebam os valores devidos. Atualmente, segundo a advogada Niceia Martin, ele possui R$ 11 milhões em bens e valores apreendidos, o que cobre aproximadamente metade do montante devido. Para receber o restante, as vítimas precisarão ingressar com ação civil.

A pena inicial foi definida em regime aberto, com a obrigação de não sair de casa após às 21h e nos finais de semana e feriados. Kelvyn foi condenado pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A defesa informou que irá recorrer da decisão.

A advogada informou ainda que, como vai recorrer da decisão, é necessário aguardar o trânsito em julgado de todas as ações e as decisões dos tribunais para que a possa ter, efetivamente, uma data específica para o ressarcimento dos valores.

As investigações revelaram que as empresas de Kelvyn operavam em um esquema conhecido como Ponzi. Nele, as vítimas eram atraídas por promessas de lucros elevados, mas, na prática, os recursos eram utilizados para pagar investidores antigos com dinheiro de novos clientes, sem relação com operações financeiras reais. Diferentemente de uma pirâmide financeira, o esquema Ponzi não exige que as vítimas recrutem outros investidores. Os criminosos prometem rentabilidade elevada, mas usam o dinheiro dos novos clientes para pagar os anteriores, induzindo os investidores ao erro.

É importante ressaltar a gravidade dos golpes financeiros realizados por Kelvyn Samuel Baltokoski e a necessidade de justiça para as centenas de vítimas prejudicadas por suas ações fraudulentas. Espera-se que, com a condenação e o ressarcimento determinados pela justiça, ao menos parte do prejuízo seja revertido para aqueles que foram lesados. Casos como esse alertam para a importância da investigação minuciosa de empresas e pessoas que prometem lucros fáceis e irreais, visando proteger investidores e a integridade do mercado financeiro como um todo.

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