Pai de criança atacada por cachorro cobra fiscalização no Parque Josepha Coelho, em Petrolina
Um menino de quase 4 anos, foi mordido e teve ferimentos graves na cabeça, enquanto passeava no parque, na sexta-feira (26) com a mãe e o irmão, de 10 meses.
Criança é atacada no Parque Municipal Josepha Coelho por cachorro da raça border collie — Foto: Pexels – foto ilustrativa
Uma criança de quase 4 anos, identificada como Samuel, foi atacada por um cachorro da raça border collie, e teve ferimentos graves na cabeça. O ataque ocorreu na sexta-feira (26), no Parque Municipal Josepha Coelho, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, quando o menino, que estava acompanhado da mãe e do irmão, de 10 meses, brincavam no local.
Segundo Gabriel Espíndola, pai da criança, ele e a esposa, Jéssica Espíndola, são de São Paulo e estão na cidade há mais de um ano, para trabalhar com projetos sociais. Ele conta que estava caminho do trabalho no momento do ataque, e a esposa estava com os filhos, como de costume.
“Ela [a criança] tava brincando normal, no parque, e aí chegou uma senhora junto com cachorro, que é um border collie, cachorro grande, sem focinheira, sem coleira. O cachorro veio com a bolinha na boca, perto do meu filho, aí meu filho pegou e jogou a bolinha. Isso aconteceu três vezes. E aí o cachorro ficou longe. Num certo momento, o cachorro tava perto, caiu um brinquedo do meu filho no chão, quando meu filho abaixou para pegar, o cachorro já atacou ele; por instinto, talvez já achou que fosse o brinquedo dele”, contou Gabriel.
Ainda de acordo com Gabriel, a esposa tentou socorrer o filho e impedir o ataque do cachorro, colocando a mão na boca do animal para puxar a criança, mas ele só soltou quando arrancou parte do couro cabeludo do menino.
Samuel está internado num hospital particular desde sexta, onde passou pela segunda cirurgia na manhã desta segunda-feira (28) e realizará outra na próxima quinta-feira, para tratar a lesão na cabeça. Segundo o pai do menino, a previsão é que ele fique no hospital por 10 dias para realizar cirurgias plásticas e outros procedimentos. A criança não teve o rosto, orelha ou visão afetadas, mas segue em tratamento para evitar infecções.
Gabriel cobra responsabilidade das pessoas que passeiam por ambientes públicos, como o parque, e da segurança de locais como este. “Nossa preocupação com tudo isso, diante dessa situação, não é o que aconteceu com o Samuel, mas, a impunidade que as pessoas vivem, no sentido de que não vai acontecer nada. E quando acontece, são fatalidades, né? Graças a Deus, não pegou o pescoço, senão meu filho teria morrido. O meu ou o outro que estava atrás dele, o de 10 meses. Então, diante disso, eu falo: ‘Cadê a fiscalização no parque? Um cachorro desse porte, tá na lei. O cachorro desse porte ele tá com focinheira, com com coleira e a pessoa que tá andando com ele tem que ter um físico suficiente para combater algo que ele vai fazer’, concluiu Gabriel.
Ainda de acordo com o pai da criança, no momento do ataque a tutora do cachorro ficou em choque, sem conseguir reagir, e que devido ao susto, ele prestará um boletim de ocorrência nesta segunda-feira.